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BIOMASSA ACIMA E ABAIXO DO SOLO E ESTIMATIVAS DE CARBONO PARA UM PLANTIO CLONAL DE EUCALIPTO NO SUDESTE DO BRASIL

Os plantios de eucalipto são uma alternativa rentável e de curto prazo para sequestrar o dióxido de carbono da atmosfera. Apesar de se conhecer o potencial de estoque de carbono na biomassa das florestas plantadas com espécies de rápido crescimento, existem relativamente poucos estudos que incluem estimativas precisas da quantidade de carbono nesses povoamentos. Em vista disso, este estudo objetivou a determinação do teor de carbono no tronco, galhos, folhas e raízes de um plantio clonal de Eucalyptus grandis no Sudeste do Brasil. Equações alométricas para estimar a quantidade total de carbono e biomassa também foram desenvolvidas e estimativas do estoque de carbono no povoamento, geradas. Inicialmente, selecionaram-se 23 árvores-amostra para quantificação da biomassa. As raízes de 9 das 23 árvores-amostra foram parcialmente escavadas para estimação da biomassa abaixo do solo, em nível de árvore individual. Dois modelos usando as variáveis independentes DAP, altura (H) e DAP2H foram testados. O teor de carbono médio do tronco, galhos, folhas e raízes foi de 44,6%, 43,0%, 46,1% e 37,8%, respectivamente, sendo menor do que o valor genérico comumente usado (50%). As equações alométricas de melhor ajuste para estimar a quantidade total de carbono e biomassa apresentavam o DAP2H como variável independente. A razão raiz-parte aérea foi relativamente estável (C.V. = 27,5%) em razão, provavelmente, do fato de a subamostra ser composta por clones. O estoque de carbono total para o povoamento de eucalipto foi estimado em 73,38 MgC ha-1, valor semelhante ao encontrado em outros povoamentos de eucalipto.

Palavras-chave:
Estoque de carbono; Equação alométrica; Teor de carbono


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