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BALANÇO DE CARBONO DEVIDO AO USO DA TERRA, MUDANÇA DO USO DA TERRA E FLORESTAS NO CHACO BRASILEIRO

RESUMO

No Brasil, a Savana Estépica e formações associadas, típicas do Chaco, encontram-se inseridas no bioma Pantanal. O uso da terra nessa região tem provocado a supressão da vegetação natural e a emissão de gases de efeito estufa. O conhecimento das fitosionomias do Chaco e de sua importância para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas pode contribuir para políticas de conservação e proteção dessa região, incluindo políticas públicas específicas que apoiem o uso sustentável da biodiversidade e do estoque de carbono (C). No presente trabalho é apresentada a estimativa do balanço de CO2 devido a mudanças no uso da terra para o Chaco brasileiro, considerando a média anual das emissões e remoções relativas às mudanças dos estoques de C na biomassa viva e matéria orgânica morta, em três diferentes períodos: 1990 a 2000; 2000 a 2010 e 2010 a 2019. A metodologia seguiu a preconizada pelo Quarta Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, com adaptações. Os resultados mostram que a vegetação natural do Chaco brasileiro vem sendo substituída por pastagem ao longo do período estudado (1990-2019). A Formação Savânica teve a maior redução em área nesse período. O balanço aponta para emissões líquidas de 0,12, 0,05 e 0,03 MgCO2 ha-1 ano-1, respectivamente, nos períodos 1990-2000, 2000-2010 e 2010-2019. As remoções de CO2 predominam especialmente na Terra Indígena Kadiwéu, e as emissões, no sul da região.

Palavras-Chave:
Emissões líquidas de gases de efeito estufa; Floresta; Pantanal

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