RESUMO
Este estudo teve como objetivo analisar a produção e decomposição de serapilheira em um fragmento de Mata Atlântica secundária na região de Ibiúna, SP, durante abril de 2012 a março de 2013. A produção de serapilheira foi estimada por meio de 30 coletores distribuídos aleatoriamente em uma área de 1.000 m2, onde o material depositado foi coletado quinzenalmente. A decomposição da serapilheira foi estimada por meio da perda de massa no período do estudo. Após a coleta, o material foi seco em forno a 65 °C, durante sete dias, para atingir peso constante. A constante de decomposição (k) foi obtida de acordo com Shanks e Oslon (1961)SANCHES, L.; VALENTINI, C.M.A.; BIUDES, M.S.; NOGUEIRA, J.S. Dinâmica sazonalda produção e decomposição de serapilheira em floresta tropical de transição. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.13, n.2, p. 183-189, 2009., sendo, em seguida, calculado o tempo para decomposição de 50% e 95% do material. Foi encontrada maior produção de serapilheira em outubro (454,3 kg.ha-1) e menor em julho (164,9 kg.ha-1), com uma quantidade total produzida de 3,5 Mg.ha-1.ano-1. A precipitação com atraso de um mês e a umidade relativa do ar mostraram grande influência na produção de serapilheira durante o estudo. A taxa de decomposição (k) foi de 3,1 e o tempo de decomposição, de 50 e 95% do material, estimado em dois meses e meio e 11 meses e meio, respectivamente. Os valores de produção e decomposição deste trabalho estão dentro da faixa encontrada em outros sítios de florestas tropicais secundárias.
Palavras-chave:
Decomposição; Floresta tropical; Interação solo-planta
