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Suplementação de selênio nos pacientes pediátricos em uso de nutrição parenteral: é hora de fazer algo?

Resumo

Objetivo:

Analisar o estado nutricional relativo ao selênio e verificar o efeito da suplementação desse mineral em pacientes pediátricos durante 14 dias de nutrição parenteral (NP).

Método:

Trata-se de estudo prospectivo de uma série de casos de pacientes acompanhados durante duas semanas de uso de NP. A coleta de dados foi realizada no início (T0), no 7º (T1) e no 14º dia de NP (T2). Após randomização, o grupo suplementado recebeu 2 µg/kg/dia de ácido selenioso. Peso e altura foram aferidos para avaliação do estado nutricional. Exames coletados: selênio plasmático, albumina, pré-albumina, proteína C-reativa (PCR), colesterol total e HDL-colesterol.

Resultados:

Foram avaliados 14 pacientes com processo inflamatório em curso e com baixo ou muito baixo peso para a idade. Os pacientes (grupo suplementado e não suplementado) tinham baixas concentrações de selênio. A mediana dos valores de selênio plasmático foi de 17,4 µg/L (T0), 23,0 µg/L (T1) e 20,7 µg/L (T2). Aumento e redução de selênio ocorreram tanto nos pacientes com PCR elevada quanto naqueles que apresentaram normalização desse parâmetro.

Conclusão:

Os níveis de selênio detectados foram muito baixos e a suplementação (2 µg/kg/dia de ácido selenioso) não foi suficiente para normalização dos níveis plasmáticos.

Palavras-chave:
Selênio; Proteína C-reativa; Suplementação Alimentar; Nutrição Parenteral; Criança

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