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Radioterapia adjuvante versus vigilância após prostatectomia radical em câncer de próstata de alto risco

Resumo

Objetivo:

comparar resultados clínicos e bioquímicos de pacientes com câncer de próstata de alto risco submetidos à prostatectomia radical, tratados com radioterapia adjuvante (RA) ou vigilância.

Métodos:

foram avaliados os pacientes tratados com prostatectomia radical, entre janeiro de 1995 e dezembro de 2005. Pacientes que apresentaram pT3, com ou sem margens cirúrgicas positivas, foram incluídos para análise. Foram registrados dados demográficos, clínicos, patológicos e de seguimento. Foram comparados os resultados entre o grupo que recebeu RA e o grupo em vigilância. O desfecho principal avaliado foi a sobrevida livre de progressão bioquímica.

Resultados:

entre os 739 pacientes tratados com prostatectomia radical, 49 apresentaram tumores pT3, com ou sem margens cirúrgicas positivas. Trinta e nove receberam RA e 10 foram submetidos à vigilância. O seguimento médio foi de 6,2 anos para a RA e de 7,3 anos para a vigilância. Houve progressão bioquímica em 12,8% dos pacientes no grupo RA e em 70%, no grupo da vigilância (p=0,0008). A sobrevida livre de progressão bioquímica em 5 anos foi de 87,1% na RA e 30% na vigilância (HR 0,12, IC95% 0,03-0,48 - p<0,0001). Terapia hormonal de resgate foi necessária em 2,6% dos pacientes na RA e em 30% na vigilância (p=0,023).

Conclusões:

a radioterapia adjuvante após prostatectomia radical em pacientes com câncer de próstata de alto risco ofereceu melhores resultados bioquímicos. Ainda não está claro se isso se traduz em uma evolução clínica melhor.

Palavras-chave:
prostatectomia; radioterapia adjuvante; neoplasias da próstata; recidiva

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