Resumo
A farmacoterapia antiobesidade ainda é alvo de amplo debate científico e político; não por acaso, já que há pouca confiabilidade tanto no âmbito dos estudos primários quanto no dos secundários, seja pelo reduzido tamanho amostral, seja pela elevada heterogeneidade e/ou pela baixa qualidade metodológica. Por muitos anos, o Brasil foi mencionado como um dos maiores consumidores de inibidores de apetite do mundo, com evidências de uso irracional dessa classe de medicamentos. Portanto, o país foi palco de debate que dividiu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as sociedades médicas quanto à manutenção do registro de anfepramona (dietilpropiona), mazindol e femproporex. Nesse contexto, o presente comentário apresenta novos argumentos para essa discussão e ainda recomendações para estudos futuros.
Palavras-chave:
obesidade; perda de peso; resultado do tratamento; prática clínica baseada em evidências