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Litotripsia extracorpórea no tratamento de cálculos renais e ureterais

A utilização de certos princípios técnicos e a seleção de casos favoráveis podem otimizar os resultados da litotripsia extracorpórea por ondas de choques (LECO). O objetivo deste trabalho é revisar os princípios de funcionamento da LECO, suas indicações e contraindicações, fatores preditivos de sucesso e suas complicações. Realizou-se uma pesquisa na base de dados do Pubmed® entre janeiro/1984 e outubro/2013 utilizando como palavras chaves shock wave lithotripsy e stone. Apenas artigos com bom nível de evidência, de língua inglesa, em seres humanos, do tipo clinical trials ou de revisão/metanálise foram incluídos. Na busca pela otimização dos resultados da LECO, diversos fatores técnicos, como o tipo de aparelho de litotripsia, energia e frequência dos pulsos, acoplamento do paciente ao litotridor, localização do cálculo e tipo de anestesia, devem ser levados em consideração. Fatores relacionados ao doente e ao cálculo, como seu tamanho, densidade, distância pele-cálculo, anatomia da via excretora e anomalias renais, também são importantes. A profilaxia com antibiótico não é necessária, e a passagem de duplo J de rotina não é recomendada. A prescrição de alfabloqueadores, particularmente a tansulosina, é benéfica em cálculos > 10 mm. Complicações menores podem ocorrer após LECO e geralmente respondem bem a condutas clínicas. A relação entre LECO e o surgimento de hipertensão e diabetes não está comprovada.

litotripsia; cólica renal; ureter; cálculos urinários; cálculos renais


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