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Síndrome hipertensiva gestacional e risco cardiovascular

Objetivo:

caracterizar o perfil de risco cardiovascular em longo prazo de mulheres com história de síndrome hipertensiva da gestação (SHG) e compará-lo ao de mulheres com histórico de gestação normotensa.

Métodos:

este é um estudo de coorte retrospectivo que incluiu 60 mulheres que deram à luz na MEAC-UFC entre os anos de 1992 e 2002 (seguimento médio de 15,2 anos). O grupo de exposição (GE) foi composto por 30 mulheres em qualquer categoria de SHG, e o grupo de não exposição (GNE) compreendeu 30 mulheres sem história de patologia obstétrica. Foram avaliados os dados antropométricos e laboratoriais associados ao risco cardiovascular e calculados o escore Framingham (variáveis dependentes). Para variáveis quantitativas, foram usados o teste t de Student e o teste de Mann-Whitney. Para variáveis qualitativas, aplicou-se o teste exato de Fisher. Considerou-se a significância estatística como p<0,05.

Resultados:

GE apresentou valores mais altos de IMC (p=0,03, OR=1,13, IC 1,00-1,3), PAS (p=0,03, OR=1,03, IC 1,00-1,06), LDL-C (p=0,02, OR=1,02, IC 1,00-1,04) e glicose de jejum (p=0,02, OR=1,03, IC 1,00-1,07), além de valores mais altos no escore de Framingham (p=0,03, OR=1,09, IC 1,00-1,19). As mulheres em GE usaram medicamentos anti-hipertensivos com mais frequência (p=0,03, OR=5,2, IC 1,3-21,2).

Conclusão:

foi encontrado um perfil de risco cardiovascular desfavorável nas pacientes com história de SHG em comparação com as mulheres sem esse histórico.

pré-eclâmpsia; hipertensão induzida pela gravidez; doenças cardiovasculares; fatores de risco; epidemiologia


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