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Clientela em dividendos, novos elementos e novas questões: o caso brasileiro

Este artigo analisa o efeito de clientela em dividendos e a hipótese de sinalização no mercado brasileiro de ações entre 1996 e 2000. Neste período, a tributação sobre dividendos era nula e sobre ganhos de capital variou entre zero e dez por cento. As firmas brasileiras enfrentam dois regimes de informação, o que nos permite testar a hipótese de sinalização. De uma amostra com 394 observações, 39% possuem um preço de ação maior no primeiro dia ex-dividend do que no último dia de cum-dividend. O preço de mercado é maior para dividendos não antecipados, mas mesmo para dividendos pré-anunciados, os preços das ações são maiores do que o esperado, o que não é coerente com a hipótese de clientela. Também encontramos evidências de um volume de contratos positivamente anormal por volta da data não antecipada de dividendo, o que é coerente com a hipótese de sinalização, mas não se verificou nenhum volume de negociações anormal por volta das datas pré-anunciadas de dividendos. Nossos resultados são inconsistentes com a hipótese de clientela, mas suportam a hipótese de sinalização.

Dividendos; tributação; clientela; sinalização; mercados de capitais


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