Acessibilidade / Reportar erro

As lógicas da empresa informacional

Resumos

O autor analisa as causas do aparecimento de novo tipo de entidade - a empresa informacional- e define suas principais características. Enfoca a desburocratização e a informalização da organização, a intelectualização do trabalho, e o papel da cultura como fator de coesão. Estuda o papel desempenhado no sistema da empresa por três grupos de atores: os profissionais, os hierárquicos e os dirigentes, e suas respectivas atitudes em relação à inovação na entidade.

Empresa informacional; inovação organizacional; cultura organizacional; conflito; desburocratização


The author analyses the reasons behind the appearance of a new type of enterprise - the informational enterprise - and defines its major characteristics. He emphasizes the debureaucratization and deformalization of the organization, the intellectualization of activities and the role of culture as a cohesive factor. In doing so, he examines the role played by three groups of actors in the corporate system - the profissionais, line executives and senior management - and their different attitudes towards innovation in the organization.

Informational enterprise; innovation; organizational culture; conflict; debureaucratization


COLABORAÇÃO INTERNACIONAL

As lógicas da empresa informacional* * Texto publicado originalmente sob o título "Logiques de l'entreprise informationnelle" na Revue Française de Gestion, n o 7 4, junho-julho­agosto de 1989, pp. 27-38. 1. Nossas análises baseiam-se em pesquisas realizadas no último qüinqüênio em uma dezena de empresas francesas - France Télécom, IBM, CNCA, Matra, Rhône-Poulenc, FR3, EDF, Salomon, SICORFE, Avions Mareei Dassault - e em visitas a seis países. Fundamentam-se também em trabalhos de numerosos autores, que se inserem, nem que parcialmente, nas perspectivas descritas. Serão encontradas, notadamente, freqüentes referências à obra de A. Touraine acerca da importância da informação, da cultura e das interações sociais. 2. As estatísticas das empresas agregam nesta rubrica as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento, os investimentos comerciais, os de informática e os de qualificação e formação do pessoal. Ver BRUCKLEN, P. & KAPLAN, M.C. Evolution de la nature de l'investissement, Etude Crédit National, 1985; KAPLAN, M.C. "La montée de I'investissement intellectuel. Revue d'Economie Industrielle, nº 40-41,1987; e BIPE. Evolution comparée de l'investissement matériel et de l'investissement immatériel dans les entreprises. Projeções móveis detalhadas de 1983. Ver também os trabalhos fundamentais de THEVENOT, L. "Conventions Economiques". Cahiers du Centre d'Etudes de L'Emploi, PUF, 1985; PIORE, M. & SABEL, C. "Conventions économiques". Cahiers du Centre d'Etudes de L 'Emploi, PU F, 1985; DUVERNAY, F. Eymard, "Les entreprises et leurs modeles. Cahiers du Centre d'Etudes de L'Emploi, PUF, 1987. 3. Reencontram-se aqui as tendências gerais da organização evocadas ou descritas antecipadamente por FRIEDMANN, G. "L'automation. Quelques aspects et effets psychologiques". In: Annales ESC, nº 5, 1958; NAVILLE, P. Vers l'automatisme social?, Paris, Ed. Gallimard, 1963 e TOURAINE, A. Sociologie de l'action, Paris, Ed. du Seuil, 1965. Hoje, essas análises tornam-se duplamente atuais. Podem ser verificadas in situe, ainda mais, detecta-se um movimento idêntico ao levantado pelo debate daquela época. Ver, em particular, o debate de CROZIER, M. & TOURAINE, A. "Entreprise et bureaucratie". Sociologie du travail, nº 1, 1959; CROZIER, M. "Les relations du pouvoir dans un systême d'organisation bureaucratique". Sociologie du travail, nº 1, 1960. 4. MINTZBERG, H. Structure et dynamique des organisations. Paris, Editions d'organisation, 1982. 5. ALTER, N. La bureaucratique dans l'entreprise. Les acteurs de l'innovatlon. Paris, Les Editions Ouvriêres, 1985. 6. HIRSCHHORN, L. "L'économie postindustrielle: quel travail, quelle compétence pour un nouveau mode de production?" Economie et Humanisme, nº 295,1987. 7. Em moeda constante, os recursos financeiros consagrados a Pesquisa e Desenvolvimento passaram de 15.616 milhões de francos em 1975 a 549.181 milhões de francos em 1984. (Fonte: Contas da Nação, 1986.) Em numerosos setores, especialmente os de serviços "de ponta", o investimento em P&D tende à igualdade: P&D = investimento total. 8. GODET, M. Prospective et planification stratégique. Paris, Economica, 1985. 9. Le dynamisme des services aux entreprises. Número especial da Revue d'Economie industrielle, nº 43, 1988. 10. NFI = Novas Formas Informáticas. 11. AL TER, N. "Gagner en productivité organisationnelle' . In: Projet, nº 2 1, 1986. 12. TARONDEAU, J.C. "Technologies fexibles: l'impact sur les performances". Revue Française de Gestion, nº 63, 1987; LEMAITRE, P. "Approche des coüts administratifs et productivité du tertiaire". Revue Française de Gestion, nº 63, 1987. 13. COHENDET, P. & LLERNA, P. "Evolution des processus productifs: la flexibilité n'est pas tout". Revue Française de Gestion, nº 63,1987. 14. MARION, A. "Problématique tínanciere de l'investissement immatériel". Analyse Finenciêre, 1 º trimestre, 1987. 15. VEL TZ, P. "Informatisation des industries manutactunêres et intellectualisation de la production". Sociologie du travail, nº 1, 1986. 16. O INSEE = Institut National de la Statistique et des Etudes Economiques (In:"Population active, emploi et chômage depuls 30 ans") mostra que os grupos de empregados em crescimento abrangem essencialmente as profissões liberais, científicas, artísticas e comerciais, assim como as ocupações sancionadas por um certificado técnico. Inversamente, as rubricas relativas a "operários" estão em declínio. No global, a taxa média anual de crescimento dos investimentos intangíveis foi de 4,1% de 1982 a 1988, enquanto, neste mesmo período, foi de apenas 1,1 % para os investimentos materiais. 17. CHANDON, J. L. "Logiciels: l'obsolescence permanente". Revue Française de Gestion, nº 53-54,1985; THEVENET, M. "Approches de la formation continue en entreprise". Revue Française de Gestion, nº 65-66, 1987. 18. Como o mostra perfeitamente ADLER, P.S. "Automation et qualifications". Sociologie du travail, nº 3, 1987, a atividade dos operadores se aproxima bem mais da dos artesãos pré-taylorianos que da dos empregados submetidos a uma rotina científica e rigidamente regulada, reduzidos eles mesmos a um mero elo primário no vasto circuito cibernético que constitui hoje a empresa (CORIAT, B. Science, technique et capital, Paris, Ed. du Seuil, 1976). 19. FREYSSENNET, M. La quaIification, de quoi parle-t-on?, Obra coletiva do Commissariat Général au Plan. Paris, La Documentation Française, 1978. 20. MARTIN, D. (& GAUTRAT, J.) Cheminement inventif d'une démarche participative, Paris, Ed. du CRESST, 1983; MARTIN, D. "L'expression des salariés: technique du management ou nouvelle institution?". Sociologie du travail, n o 2, 1986. 21. DEGOT, V. "La gestion grise". Revue França/se de Gesnon. n o 61, 1987. Ver ainda a bibliografia deste artigo para referências mais precisas. 22. Há um quarto grupo, composto dos "organizadores científicos do terciário", cf. ALTER, N. Op.cit. Não o levamos em conta nesta análise, por dois motivos. Este grupo não detém suficiente poder para pertencer ao "sistema social". É agente da organização, produtor, mas não ator; quando muito, dispõe de "contra-poder" (BERNOUX, P. Un travail à sai, Toulouse, Ed. Privat, 1981) necessariamente coletivo. Este grupo, ademais, e é o segundo motivo de nosso mutismo sobre sua existência, é um contingente reduzido, decrescente e geograficamente difuso, o que lhe retira qualquer, possibilidade de ação de conjunto. 23. CROZIER, M. & FRIEDBERG, E. L 'acteur et te systeme. Paris, Ed. du Seuil, 1977. 24. AL TER, N. Informatique et management: La crise. Paris, La Documentation Française, 1986. 25. Somos levados a pensar nos famosos oficiais de manutenção do "Monopole du tabac', cujo poder provinha diretamente do status que a organização lhes conferia, cf. CROZIER, M. Le Phénomene bureaucratique, Paris, Ed. du Seuil, 1963. 26. TOURAINE, A. Production de la société. Paris, Ed. du Seuil,1973. 27. DEGOT, V. Op. cit. 28. BORZEIX, A. & LINHART, D. "La participation: un cíaírobscur". Sociologie du travail, nº 1,1988. 29. AKTOUF, O. & CHRETIEN, M. "Comment se crée une culture organisationnelle". Revue Française de Gestion, nº 65-66, 1987. 30. BOUDON, R. Eftets pervers et ordre social. Paris, PUF, 1979. 31. HIRSCHMANN, A. O. Face au déclin des entrepríses et des ínstítutíons. Paris, Editions ouvríêres, 1972. 32. MERTON, R. K. Eléments de théoríe et de méthodes socíologíques. Paris, Ed. Plan, 1965. 33. BOUDON, R. Op. cit. 34.SAINSAULlEU, R. sociotogie de l'organisation et de rentreprise. Paris, Presses de la FNSP,1987. 35. BELL, D. Vers la société postindustrielle. Paris, Ed. R. Laffont, 1976. 36. TOURAINE, A. Op. cit. 37.Ver, a respeito, BURGELMANN, R. A. "Stimuler l'innovation grâce aux innovateurs". Revue Française de Gestion, nº 56-57,1987. 38. ROJOT, J. "Les syndicats et les entreprises face au nouvel environnement des relations de travail". Revue Française de Gestion, nº 65-66, 1987.

Norbert Alter

Doutor em Sociologia das Organizações, Professor de Sociologia no Conservatoire National des Arts et Métiers, Paris, e autor de La gestion du désordre en entreprise, Paris, Editions L'Harmattan, 1991. (Este livro desenvolve as idéias apresentadas neste artigo.)

RESUMO

O autor analisa as causas do aparecimento de novo tipo de entidade - a empresa informacional- e define suas principais características. Enfoca a desburocratização e a informalização da organização, a intelectualização do trabalho, e o papel da cultura como fator de coesão. Estuda o papel desempenhado no sistema da empresa por três grupos de atores: os profissionais, os hierárquicos e os dirigentes, e suas respectivas atitudes em relação à inovação na entidade.

Palavras-chave: Empresa informacional, inovação organizacional, cultura organizacional, conflito, desburocratização.

ABSTRACT

The author analyses the reasons behind the appearance of a new type of enterprise - the informational enterprise - and defines its major characteristics. He emphasizes the debureaucratization and deformalization of the organization, the intellectualization of activities and the role of culture as a cohesive factor. In doing so, he examines the role played by three groups of actors in the corporate system - the profissionais, line executives and senior management - and their different attitudes towards innovation in the organization.

Key words: Informational enterprise, innovation, organizational culture, conflict, debureaucratization.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Tradução de Claude Machline, Professor Titular do Departamento de Administração de Produção, Logística e de Operações Industriais da EAESP/FGV.

  • 2. As estatísticas das empresas agregam nesta rubrica as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento, os investimentos comerciais, os de informática e os de qualificação e formação do pessoal. Ver BRUCKLEN, P. & KAPLAN, M.C. Evolution de la nature de l'investissement, Etude Crédit National, 1985;
  • KAPLAN, M.C. "La montée de I'investissement intellectuel. Revue d'Economie Industrielle, nş 40-41,1987;
  • e BIPE. Evolution comparée de l'investissement matériel et de l'investissement immatériel dans les entreprises. Projeções móveis detalhadas de 1983.
  • Ver também os trabalhos fundamentais de THEVENOT, L. "Conventions Economiques". Cahiers du Centre d'Etudes de L'Emploi, PUF, 1985;
  • PIORE, M. & SABEL, C. "Conventions économiques". Cahiers du Centre d'Etudes de L 'Emploi, PU F, 1985;
  • DUVERNAY, F. Eymard, "Les entreprises et leurs modeles. Cahiers du Centre d'Etudes de L'Emploi, PUF, 1987.
  • 3. Reencontram-se aqui as tendências gerais da organização evocadas ou descritas antecipadamente por FRIEDMANN, G. "L'automation. Quelques aspects et effets psychologiques". In: Annales ESC, nş 5, 1958;
  • NAVILLE, P. Vers l'automatisme social?, Paris, Ed. Gallimard, 1963 e TOURAINE,
  • A. Sociologie de l'action, Paris, Ed. du Seuil, 1965.
  • Hoje, essas análises tornam-se duplamente atuais. Podem ser verificadas in situe, ainda mais, detecta-se um movimento idêntico ao levantado pelo debate daquela época. Ver, em particular, o debate de CROZIER, M. & TOURAINE, A. "Entreprise et bureaucratie". Sociologie du travail, nş 1, 1959;
  • CROZIER, M. "Les relations du pouvoir dans un systême d'organisation bureaucratique". Sociologie du travail, nş 1, 1960.
  • 4. MINTZBERG, H. Structure et dynamique des organisations. Paris, Editions d'organisation, 1982.
  • 5. ALTER, N. La bureaucratique dans l'entreprise. Les acteurs de l'innovatlon. Paris, Les Editions Ouvriêres, 1985.
  • 6. HIRSCHHORN, L. "L'économie postindustrielle: quel travail, quelle compétence pour un nouveau mode de production?" Economie et Humanisme, nş 295,1987.
  • 8. GODET, M. Prospective et planification stratégique. Paris, Economica, 1985.
  • 9. Le dynamisme des services aux entreprises. Número especial da Revue d'Economie industrielle, nş 43, 1988.
  • 11. AL TER, N. "Gagner en productivité organisationnelle' . In: Projet, nş 2 1, 1986.
  • 12. TARONDEAU, J.C. "Technologies fexibles: l'impact sur les performances". Revue Française de Gestion, nş 63, 1987;
  • LEMAITRE, P. "Approche des coüts administratifs et productivité du tertiaire". Revue Française de Gestion, nş 63, 1987.
  • 13. COHENDET, P. & LLERNA, P. "Evolution des processus productifs: la flexibilité n'est pas tout". Revue Française de Gestion, nş 63,1987.
  • 14. MARION, A. "Problématique tínanciere de l'investissement immatériel". Analyse Finenciêre, 1 ş trimestre, 1987.
  • 15. VEL TZ, P. "Informatisation des industries manutactunêres et intellectualisation de la production". Sociologie du travail, nş 1, 1986.
  • 17. CHANDON, J. L. "Logiciels: l'obsolescence permanente". Revue Française de Gestion, nş 53-54,1985;
  • THEVENET, M. "Approches de la formation continue en entreprise". Revue Française de Gestion, nş 65-66, 1987.
  • 18. Como o mostra perfeitamente ADLER, P.S. "Automation et qualifications". Sociologie du travail, nş 3, 1987,
  • a atividade dos operadores se aproxima bem mais da dos artesãos pré-taylorianos que da dos empregados submetidos a uma rotina científica e rigidamente regulada, reduzidos eles mesmos a um mero elo primário no vasto circuito cibernético que constitui hoje a empresa (CORIAT, B. Science, technique et capital, Paris, Ed. du Seuil, 1976).
  • 19. FREYSSENNET, M. La quaIification, de quoi parle-t-on?, Obra coletiva do Commissariat Général au Plan. Paris, La Documentation Française, 1978.
  • 20. MARTIN, D. (& GAUTRAT, J.) Cheminement inventif d'une démarche participative, Paris, Ed. du CRESST, 1983;
  • MARTIN, D. "L'expression des salariés: technique du management ou nouvelle institution?". Sociologie du travail, no 2, 1986.
  • 21. DEGOT, V. "La gestion grise". Revue França/se de Gesnon. no 61, 1987.
  • 22. Há um quarto grupo, composto dos "organizadores científicos do terciário", cf. ALTER, N. Op.cit. Não o levamos em conta nesta análise, por dois motivos. Este grupo não detém suficiente poder para pertencer ao "sistema social". É agente da organização, produtor, mas não ator; quando muito, dispõe de "contra-poder" (BERNOUX, P. Un travail à sai, Toulouse, Ed. Privat, 1981) necessariamente coletivo.
  • 23. CROZIER, M. & FRIEDBERG, E. L 'acteur et te systeme. Paris, Ed. du Seuil, 1977.
  • 24. AL TER, N. Informatique et management: La crise. Paris, La Documentation Française, 1986.
  • 25. Somos levados a pensar nos famosos oficiais de manutenção do "Monopole du tabac', cujo poder provinha diretamente do status que a organização lhes conferia, cf. CROZIER, M. Le Phénomene bureaucratique, Paris, Ed. du Seuil, 1963.
  • 28. BORZEIX, A. & LINHART, D. "La participation: un cíaírobscur". Sociologie du travail, nş 1,1988.
  • 29. AKTOUF, O. & CHRETIEN, M. "Comment se crée une culture organisationnelle". Revue Française de Gestion, nş 65-66, 1987.
  • 30. BOUDON, R. Eftets pervers et ordre social. Paris, PUF, 1979.
  • 31. HIRSCHMANN, A. O. Face au déclin des entrepríses et des ínstítutíons. Paris, Editions ouvríêres, 1972.
  • 32. MERTON, R. K. Eléments de théoríe et de méthodes socíologíques. Paris, Ed. Plan, 1965.
  • 34.SAINSAULlEU, R. sociotogie de l'organisation et de rentreprise. Paris, Presses de la FNSP,1987.
  • 35. BELL, D. Vers la société postindustrielle. Paris, Ed. R. Laffont, 1976.
  • 37.Ver, a respeito, BURGELMANN, R. A. "Stimuler l'innovation grâce aux innovateurs". Revue Française de Gestion, nş 56-57,1987.
  • 38. ROJOT, J. "Les syndicats et les entreprises face au nouvel environnement des relations de travail". Revue Française de Gestion, nş 65-66, 1987.
  • *
    Texto publicado originalmente sob o título "Logiques de l'entreprise informationnelle" na
    Revue Française de Gestion, n
    o 7 4, junho-julho­agosto de 1989, pp. 27-38.
    1. Nossas análises baseiam-se em pesquisas realizadas no último qüinqüênio em uma dezena de empresas francesas - France Télécom, IBM, CNCA, Matra, Rhône-Poulenc, FR3, EDF, Salomon, SICORFE, Avions Mareei Dassault - e em visitas a seis países. Fundamentam-se também em trabalhos de numerosos autores, que se inserem, nem que parcialmente, nas perspectivas descritas. Serão encontradas, notadamente, freqüentes referências à obra de A. Touraine acerca da importância da informação, da cultura e das interações sociais.
    2. As estatísticas das empresas agregam nesta rubrica as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento, os investimentos comerciais, os de informática e os de qualificação e formação do pessoal. Ver BRUCKLEN, P. & KAPLAN, M.C.
    Evolution de la nature de l'investissement, Etude Crédit National, 1985; KAPLAN, M.C. "La montée de I'investissement intellectuel.
    Revue d'Economie Industrielle, nº 40-41,1987; e BIPE.
    Evolution comparée de l'investissement matériel et de l'investissement immatériel dans les entreprises. Projeções móveis detalhadas de 1983. Ver também os trabalhos fundamentais de THEVENOT, L. "Conventions Economiques".
    Cahiers du Centre d'Etudes de L'Emploi, PUF, 1985; PIORE, M. & SABEL, C. "Conventions économiques".
    Cahiers du Centre d'Etudes de L 'Emploi, PU F, 1985; DUVERNAY, F. Eymard, "Les entreprises et leurs modeles.
    Cahiers du Centre d'Etudes de L'Emploi, PUF, 1987.
    3. Reencontram-se aqui as tendências gerais da organização evocadas ou descritas antecipadamente por FRIEDMANN, G. "L'automation. Quelques aspects et effets psychologiques". In:
    Annales ESC, nº 5, 1958; NAVILLE, P.
    Vers l'automatisme social?, Paris, Ed. Gallimard, 1963 e TOURAINE, A.
    Sociologie de l'action, Paris, Ed. du Seuil, 1965. Hoje, essas análises tornam-se duplamente atuais. Podem ser verificadas
    in situe, ainda mais, detecta-se um movimento idêntico ao levantado pelo debate daquela época. Ver, em particular, o debate de CROZIER, M. & TOURAINE, A. "Entreprise et bureaucratie".
    Sociologie du travail, nº 1, 1959; CROZIER, M. "Les relations du pouvoir dans un systême d'organisation bureaucratique".
    Sociologie du travail, nº 1, 1960.
    4. MINTZBERG, H.
    Structure et dynamique des organisations. Paris, Editions d'organisation, 1982.
    5. ALTER, N.
    La bureaucratique dans l'entreprise. Les acteurs de l'innovatlon. Paris, Les Editions Ouvriêres, 1985.
    6. HIRSCHHORN, L. "L'économie postindustrielle: quel travail, quelle compétence pour un nouveau mode de production?"
    Economie et Humanisme, nº 295,1987.
    7. Em moeda constante, os recursos financeiros consagrados a Pesquisa e Desenvolvimento passaram de 15.616 milhões de francos em 1975 a 549.181 milhões de francos em 1984. (Fonte: Contas da Nação, 1986.) Em numerosos setores, especialmente os de serviços "de ponta", o investimento em P&D tende à igualdade: P&D = investimento total.
    8. GODET, M.
    Prospective et planification stratégique. Paris, Economica, 1985.
    9. Le dynamisme des services aux entreprises. Número especial da
    Revue d'Economie industrielle, nº 43, 1988.
    10. NFI = Novas Formas Informáticas.
    11. AL TER, N. "Gagner en productivité organisationnelle' . In:
    Projet, nº 2 1, 1986.
    12. TARONDEAU, J.C. "Technologies fexibles: l'impact sur les performances".
    Revue Française de Gestion, nº 63, 1987; LEMAITRE, P. "Approche des coüts administratifs et productivité du tertiaire".
    Revue Française de Gestion, nº 63, 1987.
    13. COHENDET, P. & LLERNA, P. "Evolution des processus productifs: la flexibilité n'est pas tout".
    Revue Française de Gestion, nº 63,1987.
    14. MARION, A. "Problématique tínanciere de l'investissement immatériel".
    Analyse Finenciêre, 1 º trimestre, 1987.
    15. VEL TZ, P. "Informatisation des industries manutactunêres et intellectualisation de la production".
    Sociologie du travail, nº 1, 1986.
    16. O INSEE = Institut National de la Statistique et des Etudes Economiques (In:"Population active, emploi et chômage depuls 30 ans") mostra que os grupos de empregados em crescimento abrangem essencialmente as profissões liberais, científicas, artísticas e comerciais, assim como as ocupações sancionadas por um certificado técnico. Inversamente, as rubricas relativas a "operários" estão em declínio. No global, a taxa média anual de crescimento dos investimentos intangíveis foi de 4,1% de 1982 a 1988, enquanto, neste mesmo período, foi de apenas 1,1 % para os investimentos materiais.
    17. CHANDON, J. L. "Logiciels: l'obsolescence permanente".
    Revue Française de Gestion, nº 53-54,1985; THEVENET, M. "Approches de la formation continue en entreprise".
    Revue Française de Gestion, nº 65-66, 1987.
    18. Como o mostra perfeitamente ADLER, P.S. "Automation et qualifications".
    Sociologie du travail, nº 3, 1987, a atividade dos operadores se aproxima bem mais da dos artesãos pré-taylorianos que da dos empregados submetidos a uma rotina científica e rigidamente regulada, reduzidos eles mesmos a um mero elo primário no vasto circuito cibernético que constitui hoje a empresa (CORIAT, B. Science, technique et capital, Paris, Ed. du Seuil, 1976).
    19. FREYSSENNET, M. La quaIification, de quoi parle-t-on?, Obra coletiva do Commissariat Général au Plan. Paris, La Documentation Française, 1978.
    20. MARTIN, D. (& GAUTRAT, J.)
    Cheminement inventif d'une démarche participative, Paris, Ed. du CRESST, 1983; MARTIN, D. "L'expression des salariés: technique du management ou nouvelle institution?".
    Sociologie du travail, n
    o 2, 1986.
    21. DEGOT, V. "La gestion grise".
    Revue França/se de Gesnon. n
    o 61, 1987. Ver ainda a bibliografia deste artigo para referências mais precisas.
    22. Há um quarto grupo, composto dos "organizadores científicos do terciário", cf. ALTER, N. Op.cit. Não o levamos em conta nesta análise, por dois motivos. Este grupo não detém suficiente poder para pertencer ao "sistema social". É agente da organização, produtor, mas não ator; quando muito, dispõe de "contra-poder" (BERNOUX, P.
    Un travail à sai, Toulouse, Ed. Privat, 1981) necessariamente coletivo. Este grupo, ademais, e é o segundo motivo de nosso mutismo sobre sua existência, é um contingente reduzido, decrescente e geograficamente difuso, o que lhe retira qualquer, possibilidade de ação de conjunto.
    23. CROZIER, M. & FRIEDBERG,
    E. L 'acteur et te systeme. Paris, Ed. du Seuil, 1977.
    24. AL TER,
    N. Informatique et management: La crise. Paris, La Documentation Française, 1986.
    25. Somos levados a pensar nos famosos oficiais de manutenção do "Monopole du tabac', cujo poder provinha diretamente do
    status que a organização lhes conferia, cf. CROZIER, M.
    Le Phénomene bureaucratique, Paris, Ed. du Seuil, 1963.
    26. TOURAINE, A.
    Production de la société. Paris, Ed. du Seuil,1973.
    27. DEGOT, V. Op. cit.
    28. BORZEIX, A. & LINHART, D. "La participation: un cíaírobscur".
    Sociologie du travail, nº 1,1988.
    29. AKTOUF, O. & CHRETIEN, M. "Comment se crée une culture organisationnelle".
    Revue Française de Gestion, nº 65-66, 1987.
    30. BOUDON, R.
    Eftets pervers et ordre social. Paris, PUF, 1979.
    31. HIRSCHMANN, A. O.
    Face au déclin des entrepríses et des ínstítutíons. Paris, Editions ouvríêres, 1972.
    32. MERTON, R. K.
    Eléments de théoríe et de méthodes socíologíques. Paris, Ed. Plan, 1965.
    33. BOUDON, R. Op. cit.
    34.SAINSAULlEU, R.
    sociotogie de l'organisation et de rentreprise. Paris, Presses de la FNSP,1987.
    35. BELL, D.
    Vers la société postindustrielle. Paris, Ed. R. Laffont, 1976.
    36. TOURAINE, A. Op. cit.
    37.Ver, a respeito, BURGELMANN, R. A. "Stimuler l'innovation grâce aux innovateurs".
    Revue Française de Gestion, nº 56-57,1987.
    38. ROJOT, J. "Les syndicats et les entreprises face au nouvel environnement des relations de travail".
    Revue Française de Gestion, nº 65-66, 1987.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      14 Jun 2013
    • Data do Fascículo
      Mar 1992
    Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de S.Paulo Av 9 de Julho, 2029, 01313-902 S. Paulo - SP Brasil, Tel.: (55 11) 3799-7999, Fax: (55 11) 3799-7871 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: rae@fgv.br