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Cartografia como Método de Pesquisa para Estudos de Trabalho e Subjetividade

RESUMO

Objetivo:

apresentar a cartografia como método relevante aos estudos relativos a trabalho e subjetividade na área de Administração.

Proposta:

fundamenta-se a cartografia com base no conceito de rizoma, de Deleuze e Guattari, seu alinhamento ao pós-estruturalismo, alguns estudos na Administração, bem como propõe-se o flâneur-cartógrafo como prática transversal à pesquisa. Para ilustrar o uso da cartografia, descreve-se o percurso cartográfico de uma pesquisa sobre processos de subjetivação que compõem o trabalho imaterial de migrantes e refugiados no Brasil.

Conclusões:

o rastreio, o toque, o pouso, o reconhecimento atento e, sobretudo, o percurso como flâneur-cartógrafo guiam a aproximação do território. Observação-participante de eventos-atividades e entrevista-encontro entre os diversos participantes são estratégias simultâneas para acompanhar a processualidade do território evidenciando a pesquisa-participação ou investigação-interação, o papel político do cartógrafo e o ethos de confiança necessário na cartografia. A análise dos dados produzidos em conjunto ocorre ao longo da pesquisa. Mantendo a vigilância às normas científicas, a cartografia se configura como método afetivo e político para acompanhar a relação entre trabalho e subjetividade em territórios existenciais de difícil acesso. Logo, também apresenta uma contribuição social com um quê de acolhimento da multiplicidade, alteridade e mobilidade.

Palavras-chave:
cartografia; método de pesquisa; subjetividade; trabalho; migração

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