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Da colonialidade do ver ao cinema indígena: apontamentos sobre a (contra) colonialidade em Abya Yala

From colonialitiy of seeing to indigenous cinema: on (counter) coloniality in Abya Yala

Resumo

Qual é o mundo histórico (re)elaborado pelas cinematografias indígenas à contrapelo aos regimes de visualidade constitutivos da colonialidade do ver sobre os povos originários de Abya Yala? Analisamos a (des)construção imagética do Outro, a partir dos estudos pós-coloniais, antropológicos e de cinema. Focamos nas formas visuais da iconografia, da fotografia e do filme, tensionadas pelo cinema indígena por um processo de reversão formal que enseja outras variáveis históricas. Concluímos que o cinema originário se apresenta em contraposição às perspectivas antropométricas da pintura, da fotografia e do filme etnográfico, com operações de contracolonialidade identificadas em obras de Vincent Carelli, Ana Vaz e Paloma Rocha e Luis Abramo; de Takumã Kuikuro (Alto Xingu), Luis Tróchez Tunubalá (Misak), Francisco Huichaqueo (Mapuche), Álvaro e Diego Sarmiento (Quéchua) e do Coletivo Guajajara (Jocy e Milson).

Palavras-chave
Cinema indígena; Colonialidade do ver; Povos originários; Regimes de visualidade; Retratos antropométricos

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