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Possibilidades éticos-estéticas da perversão: a sexualidade perverso-polimorfa como prática de liberdade em Marcuse

Posibilidades ético-estéticas de la perversión: la sexualidad perverso-polimorfa como práctica de libertad en Marcuse

The ethical-esthetic possibilities of perversion: a polymorphous-perverse sexuality as a practice of freedom in Marcuse

Possibilités éthique-esthétiques de la perversion: la sexualité pervers-polymorphe comme une pratique de liberté chez Marcuse

Este artigo visa explorar a compreensão ético-estética do fenômeno perverso realizada por Marcuse em Eros e Civilização. No registro ético, destacamos o caráter necessariamente moral da categoria de perversão e seu vínculo com a normatização da experiência sexual, com a disciplinarização e controle dos corpos, no quadro da leitura foucaultiana do biopoder, situando Marcuse como crítico de tais processos em sua ligação com o modo de produção capitalista. No segundo registro, da estética, expomos como Marcuse, através da reconfiguração da relação entre Eros e Logos e da afirmação de um ethos estético, propõe que a perversão sexual implica a contestação da ordem vigente e a produção de novos modos de relações consigo e com os outros, em contraste com a regulação instrumental do erotismo. Por fim, indicamos como o campo de possibilidades aberto por Marcuse no domínio da transgressão aponta para a necessidade de retomar criticamente a categoria de perversão.

Marcuse (Herbert); Psicanálise; Perversão; Transgressão


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