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Treinamento em Memória de Trabalho não Promove Mudanças Intelectuais: Evidências em Crianças Brasileiras

Investigações recentes utilizando a memória de trabalho tem mostrado que é possível treinar a inteligência. Este trabalho teve como objetivo verificar a efetividade de um programa de treinamento de memória de trabalho para melhorar a inteligência de crianças. Participaram do estudo cinquenta e três crianças brasileiras do sexto ano do ensino fundamental (M= 11,17 anos, DP= 0,37), as quais foram aleatoriamente designadas para compor o grupo experimental/GE (n=27) e o grupo controle/GC (n = 26). No pré-teste e no pós-teste, as crianças foram avaliadas com medidas cognitivas e de desempenho escolar. Para o programa de treinamento foram utilizadas três tarefas de memória de trabalho. O treinamento cognitivo foi administrado ao GE duas vezes por semana por oito semanas. O pós-teste foi realizado duas semanas após o final do treinamento. Não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo de treinamento e controle no pós-teste para nenhuma das medidas cognitivas e de desempenho escolar. Os resultados encontrados encontram suporte parcial na literatura e apontam para dificuldade de se encontrar mudanças intelectuais genuínas com programas de intervenção de curta duração.

Treinamento; inteligência; memória de trabalho; crianças brasileiras


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