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Saúde e migrações no Sul do Brasil: demandas e perspectivas na educação em saúde

Health and migrations in southern Brazil: requirements and perspectives in health education

Resumo

O artigo analisa o impacto dos recentes processos migratórios e sua relação com a formação em saúde. As relações entre mobilidade humana e os processos de saúde e adoecimento estão na ordem do dia dos debates internacionais. O objetivo deste artigo é discutir o papel das políticas de saúde no Brasil e suas relações com o acolhimento de imigrantes, especialmente no que se refere ao entendimento das necessidades de investir em formação na área da saúde para que ela se adapte a essa realidade. O estudo foi realizado na região do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, tendo como sujeitos imigrantes majoritariamente haitianos que ali se estabeleceram entre 2012 e 2016. Os resultados apontam para a necessidade de desnaturalizar a doença associada ao corpo de imigrantes as representações das migrações como vetores de adoecimento, bem como de incluir no programa dos cursos da área da saúde temas sobre mobilidade humana e seus impactos visando a melhoria do acolhimento. Apresentam-se também as dificuldades de oferecer um serviço adequado aos novos imigrantes em um contexto de serviços de saúde precários para as populações locais. Esse debate deve ser seriamente considerado nas discussões para formação em saúde.

Palavras-chave:
Mobilidade humana; Educação em saúde; Relações de gênero e migrações; Qualidade de vida; Políticas públicas

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