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Tropische subjektivität und europäische bildungstradition: Macunaíma, der Held ohne jeden charakter von Mário de Andrade. Oder: Macunaíma, ein Wilhelm Meister in den tropen?

Tropical subjectivity and european cultural tradition: Macunaíma, the hero with no character, by Mário de Andrade. Or: Macunaíma, a Wilhelm Meister from the tropics?

O artigo investiga os diversos cruzamentos entre Macunaíma, romance de Mário de Andrade, e a tradição cultural alemã, partindo do relato de Hans Staden sobre os "selvagens nus e ferozes devoradores de homens", até o estudo etnológico De Roroima a Orinoco, de Koch-Grünberg. Sustenta-se a tese de que, à semelhança do romance de formação (Bildungsroman), o texto de Mário de Andrade tem de ser lido com referência ao projeto de desenvolvimento da identidade nacional. No entanto, a ideia europeia de formação já não é modelo para o desenvolvimento da subjetividade no contexto das relações brasileiras. Mas a recusa de Macunaíma a uma racionalidade comprometida com a modernidade e a uma ação responsável que confirma a realidade dessa modernidade não deve ser lida como contramodelo, senão como uma reação de desespero. Macunaíma vincula ao romance de formação tanto à crítica da modernidade - de um lado, uma crítica com seus próprios meios, de outro, uma crítica externa - quanto à convicção de que a narrativa (literária), apesar de toda a desilusão e todo o desespero no projeto da modernidade, pode ser bem-sucedida.

contato cultural; romance de formação; subjetividade; antropofagia cultural; crítica da modernidade


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