RESUMO:
Após anos de aplicação, muitas vezes de forma indiscriminada, de agrotóxicos, danos foram causados ao ambiente, bem como às culturas agronômicas cultivadas em locais contaminados. No tratamento de água são utilizadas técnicas que se baseiam em processos físicos e ou físico-químicos, onde ocorre a formação de agentes oxidantes secundários responsáveis pela mineralização dos contaminantes presentes nos herbicidas, havendo assim o processo de degradação. No entanto, ainda existem poucos trabalhos que demonstram a eficácia dessas técnicas em solos. Dessa forma, objetivou-se fazer uma revisão sobre os trabalhos já existentes, apresentando as principais técnicas utilizadas para a remediação de solos contaminados com agrotóxicos. A ênfase foi dada para a eletrocinética, processos oxidativos avançados, lavagem de solo, extração química ou por solventes e para as combinações desses métodos. Verificou-se, pelos resultados apresentados nos diversos estudos, que a combinação de técnicas permite alcançar grande eficiência, como é o caso de processos eletrocinéticos e de lavagem de solo, quando aplicadas para a degradação de contaminantes agrícolas. As combinações da eletrólise com outros métodos, como reagente de Fenton, irradiação de ultrassom e luz UV, também apresentam resultados satisfatórios na remoção de agrotóxicos no tratamento do solo. Contudo, a tecnologia de Fenton utilizada isoladamente apresenta-se como a mais promissora das técnicas avaliadas, uma vez que pode ser usada para a remediação de diversos contaminantes, em especial os agrotóxicos, não agredindo o ambiente e permitindo também a recuperação do solo.
Palavras-chave:
despoluição de solo; sustentabilidade ambiental; contaminantes agrícolas
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