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Alterações Bioquímicas e Fisiológicas em Plantas de Arroz Devido à Aplicação de Herbicidas

RESUMO

A aplicação de herbicidas, mesmo seletivos às culturas, podem causar alterações bioquímicas e fisiológicas, acarretando estresse oxidativo. Esse estresse é proveniente do acúmulo de espécies reativas de oxigênio produzidas em função da exposição ao herbicida. No entanto, as plantas evoluíram com estratégias de defesa, sendo estas enzimáticas ou não enzimáticas. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações morfológicas e metabólicas, como os parâmetros fotossintéticos, danos oxidativos e atividade das enzimas antioxidantes, de plantas de arroz após a aplicação de herbicidas. Para isso, foi realizado um estudo em casa de vegetação e laboratório, e os tratamentos foram compostos pela aplicação de imazapic + imazapyr, quinclorac, bentazon, cyhalofop-butyl, penoxsulan, bispyribac-sodium e carfentrazone-ethyl, além da testemunha sem herbicida. A fitotoxicidade nas plantas foi acentuada, bem como ocorreu redução na fotossíntese, condutância estomática e eficiência do uso da água nas plantas tratadas com carfentrazone-ethyl. Além disso, a aplicação deste herbicida resultou em menor teor de clorofilas e carotenoides, maior peroxidação lipídica e acúmulo de prolina. Alterações na atividade das enzimas pertencentes ao sistema antioxidante também foram verificadas em função da aplicação dos herbicidas. A aplicação de herbicidas altera a fisiologia das plantas de arroz, desencadeando respostas como estresse oxidativo, sendo estas mais acentuadas quando utilizado carfentrazone-ethyl.

Palavras-chave:
Oryza sativa; estresse oxidativo; danos celulares; seletividade

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