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Uso do Girassol e Soja como Bioindicadores para Detectar Resíduos de Atrazine em Solos

RESUMO:

A atrazine é seletiva para milho, cana-de-açúcar e sorgo e pode interferir em culturas sucessoras, como girassol e soja. Apesar da problemática, são poucos os estudos acerca do efeito residual desse herbicida nessas culturas. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito residual da atrazine por meio da biodisponibilidade do herbicida em solos de textura arenosa e argilosa, utilizando-se a soja e o girassol como bioindicadores. O delineamento foi inteiramente casualizado com quatro repetições e esquema fatorial 2 × 7 + 1, isto é, duas doses (2.000 e 2.500 g ha-1), sete épocas de aplicação (0, 15, 30, 45, 60, 75 e 90 Dias Entre a Aplicação - DEA do herbicida e a semeadura dos bioindicadores) e uma testemunha, sem aplicação. A massa seca e o teor de clorofila dos bioindicadores foram avaliados aos 20 dias após a semeadura. O acúmulo de massa seca dos bioindicadores nos dois tipos de solo foi reduzido até os 90 DEA. O teor de clorofila, ao 0 DEA, foi zero para a soja e girassol, em virtude da redução de massa seca em aproximadamente 100%. Concluiu-se que o efeito residual da atrazine foi maior no solo de textura argilosa com dose de 2.500 g ha-1, devido à baixa biodisponibilidade do produto na solução do solo. Portanto, recomenda-se a semeadura do girassol e da soja em ambos os solos, após os 90 DEA, pois ocorre interferência nos teores de clorofila e no percentual de redução de massa seca.

Palavras-chave:
efeito residual; herbicida; método de bioensaios; textura do solo

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