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Avaliação do Potencial de Compostos Alelopáticos Hidrossolúveis de Marsilea minuta em Arroz e Trigo

Com o objetivo de investigar o efeito alelopático de Marsilea minuta sobre a germinação e crescimento de plântulas de arroz (Oryza sativa) e trigo (Triticum aestivum), bioensaios foram realizados tanto em placas de Petri como em solo, em condições de laboratório. Sementes de arroz e trigo foram germinadas em 1, 2, 3, 4 e 5% (m/v) de extrato aquoso de planta inteira e 2, 4, 6 e 8% (m/m) de resíduos de M. minuta incorporados ao solo. Em placas de Petri, 5% (m/v) de extrato aquoso de M. minuta resultou em menores porcentagens de germinação (18,8 e 56,3%), comprimento de raiz (0,9 e 4,5 cm), comprimento da parte aérea (3,3 e 12,4 cm) e de plântulas (4,1 e 25,0 cm), massa seca das raízes (1,4 e 5,6 g) e de parte aérea (1,1 e 9,0 g), biomassa (2,5 e 14,6 g) e índice de vigor das plântulas (77,4 e 957,3) em arroz e trigo, respectivamente. Em experimentos em vasos, a incorporação ao solo de M. minuta a 8% reduziu a germinação (25,3 e 37,5%), os comprimentos de raiz (2,7 e 6,1 cm), parte aérea (6,2 e 16,5 cm) e plântulas (8,9 e 22,6 cm), a massa seca de raiz (2,4 e 5,5 g), parte aérea (4,0 e 2,8 g) e plântulas (6,4 e 8,3 g) e os índices de vigor das plântulas (224,1 e 855,3) de arroz e trigo, respectivamente. O maior efeito fitotóxico de extrato aquoso de M. minuta a 5% sobre as culturas deve-se à presença de dois compostos fenólicos potentes: ácidos p cumárico (2,91 mg L-1) e m cumárico (1,59 mg L-1), conforme determinação por HPLC.

alelopatia; trevo-de-água-anão; Oryza sativa; bioensaio vegetal; bioensaio em solo; Triticum aestivum


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