RESUMO:
Nesta pesquisa foram estudadas possíveis atividades antibacterianas e antioxidantes da planta daninha caruru-de-mancha (Amaranthus viridis L.), com o uso da solução DPPH (1,1-diphenyl-2-picrylhydrazyl, para remoção da atividade de radicais livres). Extratos de diferentes partes dessa planta foram preparados em n-hexano, clorofórmio e acetato de etila. A atividade antibacteriana foi medida utilizando extratos de concentração de 100 mg mL-1 contra quatro espécies bacterianas fitopatogênicas mortais: Pseudomonas syringae Van Hall, Ralstonia solanacearum Smith, Erwinia carotovora (Jones) Holland e Xanthomonas axonopodis Hasse. Nos ensaios com antioxidantes foram utilizados extratos de 10, 20 e 30 mg mL-1, mantendo o DPPH como controle. Nesses bioensaios, a fração acetato de etila da folha do caruru-de-mancha apresentou a melhor atividade antibacteriana e antioxidante. A fração foliar do acetato de etila apresentou o maior diâmetro da zona de inibição (IZD), onde causou 21 mm de IZD contra P. syringae e 19 mm de IZD contra E. carotovora. Esse extrato também apresentou 22%, 52% e 84% de atividade antioxidante nas concentrações de 10, 20 e 30 mg mL-1, respectivamente. Não existem na literatura relatos disponíveis que descrevam a atividade antibacteriana do extrato de raiz de A. viridis contra P. syringae. Além disso, a atividade antioxidante dos extratos de raiz e caule em n-hexano, clorofórmio e acetato de etila foi investigada pela primeira vez no mundo. Concluiu-se que as atividades biológicas observadas durante a presente investigação podem ser devidas à presença de constituintes bioativos, os quais poderiam ser aproveitados como antibacterianos naturais e antioxidantes.
Palavas-chave:
Amaranthus viridis; componentes bioativos; solução DPPH; fitopatógenos; plantas daninhas