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Psicologia Social do Protesto: Um Panorama Teórico a partir da Realidade Brasileira

Social Psychology of Protest: A Theoretical Panorama Based on Brazilian Reality

Psicología Social de la Protesta: Un Panorama Teórico desde la Realidad Brasileña

Resumo

Este artigo objetiva apresentar as principais contribuições da psicologia social do protesto articulando tal proposta a ações coletivas e movimentos sociais brasileiros. A psicologia social do protesto tem como foco de análise o comportamento social dos indivíduos e sua questão central é o entendimento da razão pela qual as pessoas participam ou não de protestos. Suas origens remetem à dimensão psicossocial das teorias clássicas de movimentos sociais: teoria do colapso social; teoria da mobilização de recursos; teoria do processo político; e teoria dos novos movimentos sociais. São identificados três grandes motivos para a participação dos indivíduos em movimentos sociais e protestos: instrumentalidade; identidade; expressividade e emoções. A partir desses motivos é realizada uma análise que aborda a dimensão dos sujeitos (lado da demanda), a dimensão dos movimentos e organizações (lado da oferta) e a articulação entre elas (mobilização). Além de apresentar a teoria, o texto busca ilustrar proposições da psicologia social do protesto por meio de elementos da realidade política brasileira. Entende-se que a psicologia social do protesto pode contribuir para o entendimento e a ação em movimentos sociais no contexto brasileiro e latino-americano instrumentalizando acadêmicos, psicólogas e militantes.

Palavras-chave:
Movimento social; Psicologia; Participação política; Ação coletiva

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