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Entre Freud e Foucault: a resistência como afirmação de si1 1 Este artigo resulta da tese Violência, trauma e resistência: sobre o múltiplo na psicanálise, defendida em 2012 pelo Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica da UFRJ, com o financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Between Freud and Foucault: resistance as self-affirmation

Entre Freud y Foucault: la resistencia como autoafirmación

O artigo dedica-se ao tema da resistência para extrapolar seu entendimento como ponto de estagnação da experiência da análise. Ao contrário, o objetivo é sustentá-la como movimento de afirmação de si, de subjetivação. Para a consecução dessa proposta considera-se a multiplicidade das resistências colocada no momento mais tardio da obra freudiana para a realização de uma leitura acerca da noção no pensamento de Foucault. Nesse contexto, a resistência apresenta-se intimamente atrelada ao poder - que na perspectiva foucaultiana ultrapassa o modelo jurídico para se capilarizar nas malhas do social -, relação cujos termos não se anulam dialeticamente. A resistência figura, assim, como operador da liberdade do sujeito ante as estruturas de dominação. Por fim, aposta-se na potência da experiência psicanalítica como movimento de construção permanente dos mais diversos modos de si. As resistências seriam, portanto, o elemento a assegurar a insubmissão a uma subjetividade forjada.

resistência; poder; psicanálise e filosofia; subjetividade


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