RESUMO
Os bambus Guadua magna e G. angustifolia têm sido propagados vegetativamente quase que exclusivamente por técnicas convencionais de propagação. Objetivou-se micropropagar, estimar a produção de mudas e analisar a fidelidade genética de G. magna e G. angustifolia por marcadores moleculares ISSR. Plantas matrizes de ambas as espécies foram cultivadas em casa-de-vegetação e pulverizadas ou não com fungicida. Em laboratório, microestacas foram desinfestadas e estabelecidas em meio MS com 3,0 mL L-1 de Plant Preservative Mixture (PPM®) e 1 mL L-1 de Carbendazin®. As brotações livres de contaminação foram multiplicadas em meio MS líquido ou semissólido com 3,0 mg L-1 de BAP, por cinco subcultivos. O enraizamento foi realizado em meio de MS1/2 líquido ou semissólido, acrescido de 3,0 mg L-1 de AIB. A aclimatização foi realizada em substrato comercial, em câmara de crescimento, sendo a fidelidade genética dos clones produzidos analisada por marcadores ISSR. A adição de fungicida e PPM® ao meio reduziu a contaminação em G. magna, mas não em G. angustifolia. O meio líquido foi mais eficiente que o semissólido para multiplicação das espécies, as quais mostraram potenciais de produção entre 760 e 920 plantas por microestaca inicial, após cinco subcultivos. Plantas enraizadas apresentaram sobrevivência de até 100 % na aclimatização. Não foram observadas regiões polimórficas nos clones analisados por ISSR ao final do quinto subcultivo, sugerindo que a micropropagação é uma técnica segura para a multiplicação de bambus em larga escala.
PALAVRAS-CHAVE:
Bambusoideae; fidelidade clonal; marcadores moleculares; propagação vegetativa