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Validação intralaboratorial de metodologia para determinação de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 em trigo e produtos derivados

Aflatoxinas são substâncias carcinogênicas de ocorrência natural, extremamente tóxicas para humanos, que têm sido identificadas no trigo e em produtos derivados. O uso de métodos analíticos confiáveis para avaliar e monitorar tais contaminantes é de grande importância. Este trabalho objetivou validar, intralaboratorialmente, uma metodologia para a determinação de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2, em grãos de trigo, utilizando derivatização pré-coluna e quantificação por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detecção por fluorescência (CLAE-DF). Três metodologias foram avaliadas e a que se adequou para tal propósito baseou-se na extração com clorofórmio, remoção dos interferentes por filtração, partição líquido-líquido com metanol-água-hexano e metanol-água-clorofórmio e derivatização pré-coluna com ácido trifluoracético. O método apresentou variação de repetibilidade inferior a 15% e recuperação na faixa de 70-110%, com limites de detecção e quantificação (0,6 µg kg-1 e 1,2 µg kg-1, respectivamente) inferiores ao nível máximo permitido pela Comissão Europeia (4,0 µg kg-1) e pela legislação brasileira (5,0 µg kg-1), para a presença de aflatoxinas em trigo e derivados. Por meio desta metodologia, foram quantificadas aflatoxinas em 20 amostras comerciais de grãos, farelo de trigo e farinha de trigo integral e refinada, destinadas ao consumo humano direto. Seis amostras (30%) foram positivas para aflatoxinas e todas apresentaram-se dentro do limite regulatório permitido pela legislação brasileira.

Triticum aestivum L.; Aspergillus; micotoxinas; farelo de trigo; farinha de trigo integral


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