Resumo
O aumento da violência contra LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) no Brasil incentiva a adoção de estratégias preventivas, entre elas o Projeto Conversações Públicas (PCP), metodologia para grupos em conflitos. Este estudo teve por objetivo analisar o processo grupal do PCP, com foco nos efeitos da estrutura da conversa nas interações empreendidas. Realizaram-se três encontros com o total de 13 participantes envolvidos com a temática da violência a LGBTs. Os encontros foram audiogravados e os discursos analisados segundo o construcionismo social. O PCP mostrou-se útil para se pensar um confronto mais humano com a diferença em prol de um interesse ético. Foi possível afirmar que a criação de um modo diferente de conversar coincidiu com a emergência de novas maneiras de agir. Os efeitos desses encontros devem ser acompanhados longitudinalmente, bem como disparar reflexões para políticas públicas de atenção a LGBTs.
Palavras-chave:
diálogo; violência; homofobia; grupos; grupos minoritários.