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APRESENTAÇÃO

A produção de alimentos, fibras e energia está no centro das atenções no cenário nacional e internacional tanto pela demanda, atribuída ao crescimento populacional mundial e à ascensão de milhões de pessoas à classe média em países emergentes, quanto pela limitada disponibilidade de terra para a expansão da atividade agropecuária. As ações e os resultados de pesquisa, desenvolvimento e inovação do setor têm garantido taxas de crescimento em produção, produtividade, qualidade e sustentabilidade. A intensificação sustentável da produção e a diversificação de sistemas, representam alternativas para atender à demanda mundial de alimentos.

O desenvolvimento e a expansão da aquicultura brasileira, certamente, contribuirão de forma significativa, para ampliação da produção de alimentos. Essa assertiva leva em consideração os recursos naturais existentes no país e o potencial econômico da atividade, já materializado em outras regiões. Embora o Brasil detenha extensa área de zona econômica exclusiva (ZEE), ocupando 3,5 milhões de km2 de águas oceânicas e 13% da água doce renovável existente no planeta, sua participação na produção de pescado está restrita a 2% do total mundial. Nessa perspectiva de expansão da atividade, inclui-se a biodiversidade daquelas espécies nativas que possuem potencial de produção econômica sustentável. A utilização destes recursos naturais propiciará produção de alimentos de qualidade, com benefícios econômicos, sociais e geração de emprego e renda. As características da atividade aquícola permitem ainda abrigar desde empreendimentos de grande porte até as pequenas unidades de produção familiar.

A intensificação sustentável da produção aquícola no país também reduzirá a pressão sobre os ecossistemas naturais. Isso será especialmente relevante no bioma amazônico, que detém o maior volume de água doce do país, e que poderá ser utilizado de forma intensiva e com baixo nível de antropização.

A Embrapa alinhou-se às políticas publicas para o setor por meio da criação da Unidade Embrapa Pesca e Aquicultura, no ano de 2009, e de uma vigorosa programação de pesquisa que envolve equipes de outros 15 centros de pesquisa da instituição. A empresa propõe-se ainda a atuar como um dos agentes catalisadores do processo de geração e disseminação de conhecimentos e tecnologias que, certamente, contribuirão para a conquista de uma posição mais destacada do Brasil nesse setor de produção de alimentos. Nesse sentido, em integração com diversas instituições do país e apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura, deve ser mencionada a condução do Projeto "Bases Tecnológicas para o Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura no Brasil- Aquabrasil".

O número temático da Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB), voltado à divulgação dos avanços na pesquisa, desenvolvimento e inovações sob o tema aquicultura no Brasil contribui para ampliar o entendimento técnico-científico nessa área do conhecimento. Editada pela Embrapa Informação Tecnológica, em colaboração com a Embrapa Pesca e Aquicultura e Embrapa Pantanal, contou com a indispensável participação de instituições públicas de ensino, pesquisa e fomento. Essa publicação está alinhada à perspectiva ao potencial de crescimento do setor, aos benefícios sociais e econômicos decorrentes da atividade e às diretrizes estabelecidas pelas políticas públicas.

É oportuno ressaltar a qualidade técnico-científica e editorial alcançada pelos artigos deste número temático, fruto da competência dos autores e assessores científicos, bem como da dedicação do corpo editorial da Revista PAB.

Maurício Antonio Lopes

Presidente da Embrapa

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    29 Nov 2013
  • Data do Fascículo
    Ago 2013
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