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Algoritmos e autonomia: relações de poder e resistência no capitalismo de vigilância

Algorithms and autonomy: power and resistance relations in surveillance capitalism

Algoritmos y autonomía: relaciones de poder y resistencia en la vigilancia del capitalismo

Algorithmes et autonomie: relations de pouvoir et de résistance dans le capitalisme de surveillance

O fenômeno do monitoramento automatizado das experiências privadas, realizado por algoritmos inteligentes, com a intenção de induzir certos comportamentos, é conceituado na literatura como capitalismo de vigilância. O artigo acrescenta alguns elementos a essa teoria a partir dos seguintes argumentos: a falta de transparência dos algoritmos impossibilita inferir com precisão sua capacidade de modulação comportamental; a formação das preferências é um processo complexo e maleável, que abrange estratégias de resistência e subversão; para que a dominação ocorra, é necessário que haja conformidade dos dominados, o que não se observa a partir de marcos normativos em vigência; por fim, o exercício do poder é diferente de sua capacidade de influência. A partir desses pontos, conclui-se que é necessário regular o próprio funcionamento dos algoritmos como complemento à proteção de dados pessoais.

capitalismo de vigilância; privacidade; democracia; algoritmos; neoliberalismo


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