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Fish biodiversity of a tropical estuary under severe anthropic pressure (Doce River, Brazil)

Resumo

O rio Doce tem passado por mudanças drásticas ao longo dos últimos séculos (e.g., alterações na vazão, poluição, perda de espécies e habitats). Neste trabalho, apresentamos a primeira avaliação abrangente da biodiversidade de peixes no estuário do rio Doce além de um resumo dos principais impactos e suas forçantes em toda a extensão do rio desde o início do século vinte. Carangiformes, Siluriformes e Eupercaria incertae sedis foram as ordens mais representativas considerando as 115 espécies registradas. A maioria das espécies são nativas (87,8%), eurialinas/periféricas (80%) e zoobentívoras (33,9%). As espécies ameaçadas (Paragenidens grandoculis, Genidens barbus e Lutjanus cyanopterus) e quase ameaçadas (Cynoscion acoupa, Dormitator maculatus, Lutjanus jocu, Lutjanus synagris e Mugil liza) são periféricas. Treze espécies são exóticas a nivel de país (Butis koilomatodon, Coptodon rendalli e Oreochromis niloticus) ou bacia (e.g., Pygocentrus nattereri e Salminus brasiliensis). O bagre Cathorops cf. arenatus é reportado pela primeira vez na costa leste do Brasil e Paragenidens grandoculis, considerado extinto no rio Doce, foi descoberto no estuário.

Palavras-chave:
Estuarino; Ictiofauna; Impactos ambientais; Mineração; Riqueza de espécies

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