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Calcium fluxes in Hoplosternum littorale (tamoatá) exposed to different types of Amazonian waters

Os peixes que vivem na Amazônia são expostos a vários tipos de água: águas pretas, contendo grande quantidade de carbono orgânico dissolvido, águas brancas, com concentração de Ca2+ dez vezes maior que as águas pretas e pH neutro, e águas claras, com concentração de Ca2+ duas vezes maior que as águas pretas e pH também neutro. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar o fluxo de Ca2+ no peixe de respiração aérea facultativa Hoplosternum littorale (tamoatá) exposto a diferentes tipos de águas amazônicas. Os peixes foram aclimatados em água de poço artesiano (semelhante à água clara) e depois colocados individualmente em câmaras para medir o fluxo de Ca2+. Após 4 h, a água das câmaras foi trocada por um tipo diferente de água. A transferência do tamoatá das águas pobres em íons água preta e preta ácida ou da água branca, rica em íons, para as águas preta e preta ácida, pobres em íons, resulta em uma perda de Ca2+ apenas nas duas primeiras horas de experimento. Entretanto, a transferência da água preta e preta ácida, para a água branca resulta em um influxo de Ca2+. Os resultados obtidos nos permitem concluir que a transferência do tamoatá para as águas preta e preta ácida, pobres em íons, leva a uma temporária perda de Ca2+, e a quantidade de Ca2+ na água branca, rica em íons, é adequada para prevenir sua perda após a transferência. Sendo assim, a transferência do tamoatá entre as águas estudadas não resulta em sérios distúrbios no Ca2+.


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