No Brasil, a lagarta-da-soja Anticarsia gemmatalis Hübner apresenta várias gerações sobrepostas por ano e parte da população sobrevive em plantas hospedeiras alternativas, principalmente nas regiões mais quentes. O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento e a sobrevivência de lagartas de A. gemmatalis em 17 leguminosas cultivadas e não-cultivadas, em laboratório. A sobrevivência das lagartas de A. gemmatalis alimentadas com leguminosas de verão variou de 91% em soja a 5% em C. spectabilis Roth e mucuna. Nas leguminosas de inverno, a sobrevivência das lagartas variou de 90% em tremoço branco a 25% em ervilhaca comum. Todas as lagartas alimentadas com tremoço amarelo morreram nos primeiros ínstares. Nas leguminosas de verão não-cultivadas (anileiras), 70% das larvas atingiram a fase pupal em Indigofera suffruticosa Millsp., e 55% em I. truxillensis H.B.K e I. endecaphyla Jacq. Considerando-se a sobrevivência, o desenvolvimento das fases imaturas e o peso pupal, as leguminosas mais adequadas para A. gemmatalis foram soja, guandu e tremoço branco.
Insecta; lagarta-da-soja; planta hospedeira; legume; soja; Glycine max
