Os efeitos de temperaturas cíclicas no desenvolvimento, longevidade, ciclo gonadotrófico e número de ovos postos de Aedes albopictus Skuse foram analisados por meio de experimentos laboratoriais. Os experimentos foram conduzidos com mosquitos oriundos de Registro, SP e mantidos em insetário por dois anos. O desenvolvimento do inseto foi acompanhado desde o ovo até a emergência do adulto, a 25/18ºC e 27/20ºC e o adulto a 27/20ºC, ambos associados com fotoperíodo de 12h. Os ovos receberam dois tratamentos: (A) manutenção do volume da água; (B) troca periódica e completa da água. A alimentação sangüínea era oferecida diariamente aos mosquitos com interrupção quando o repasto era realizado, e retomada após a primeira oviposição. O desenvolvimento dos imaturos foi significativamente diferente sob os diferentes regimes de temperatura (P < 0,05), e a velocidade de desenvolvimento foi afetada positivamente pelo aumento da temperatura. A combinação do regime de temperaturas mais altas com a troca periódica e completa da água permitiu maior viabilidade dos ovos e encurtou o período de incubação. A longevidade dos adultos não foi diferente entre machos e fêmeas e a mortalidade foi regular ao passar do tempo. A comparação da longevidade do mosquito sob temperaturas constantes e cíclicas sugere que a menor temperatura do regime cíclico seja um fator limitante para a sobrevivência do mosquito. Esse fato pode ser um importante limitador da distribuição de A. albopictus por sugerir que o mosquito está restrito a ocupar áreas com temperaturas mínimas não muito inferiores a 20ºC.
Insecta; biologia; mosquito; vetor
