No período de fevereiro de 1998 a maio de 2000, frutos de diferentes variedades e híbridos de citros foram coletados para determinar os níveis de infestação e o complexo de espécies de Tephritoidea/parasitóides, nas condições do estado de São Paulo. O total de 12.239 frutos (1.416,93 kg) foi coletado em 25 municípios. Do total das amostras foram recuperados 5.252 pupários e 3.039 adultos de Tephritoidea. Aproximadamente 78,1% dos adultos foram Tephritidae [77,1% de Anastrepha sp. e 1,0% de Ceratitis capitata (Wied.)], e 21,9%, Lonchaeidae (Neosilba spp.). Todas as fêmeas de Anastrepha foram identificadas como A. fraterculus (Wied.). Adultos de Braconidae, Diapriidae e Eucoilinae emergiram das amostras de citros. Os índices médios de infestação foram 0,4 pupário/fruto e 3,7 pupários/ kg de frutos. As laranjas doces foram as variedades cítricas mais susceptíveis ao ataque de espécies de Tephritoidea, em número de pupários/fruto. Em amostras isoladas, 'Tangerina Cravo' (Citrus reticulata) e 'Laranja Azeda' (Citrus aurantium) apresentaram os maiores índices de infestação por fruto (3,4 e 2,4 pupários, respectivamente). Algumas amostras de 'Kunquat' (Fortunella sp.) e 'Tangerina Cravo' alcançaram níveis altos de infestação (64,0 e 37,9 pupários/kg de frutos, respectivamente). As laranjas doces são as variedades mais suscetíveis à infestação de Tephritoidea no estado de São Paulo. O parasitóide D. areolatus (Opiinae) foi o braconídeo mais freqüente durante o levantamento.
Insecta; Tephritidae; Lonchaeidae; índice de infestação
