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Comportamento sexual de Amyelois transitella (Walker) (Lepidoptera: Pyralidae)

Com o objetivo de se estudar o comportamento sexual de Amyelois transitella (Walker), desenvolveu-se uma metodologia de criação da mariposa em condições de laboratório, utilizando-se como substrato alimentar pistaches secos e torrados. A criação foi desenvolvida a partir de lagartas coletadas em Bakersfield, Califórnia. A atividade de acasalamento foi observada principalmente durante a última hora da escotofase e os primeiros 30 min. da fotofase, em laboratório mantido a 25ºC. O comportamento de chamamento das fêmeas foi caracterizado pela projeção do abdome entre as asas, com os segmentos distais mantidos perpendicularmente ao corpo, pela exposição da glândula produtora de feromônio e pela contínua antenação. Os machos aproximaram-se das fêmeas "chamando" a uma curta distância, batendo fortemente as asas e movimentando as antenas. Após o macho tocar o abdome da fêmea com a antena, esta o aceita abaixando a ponta do abdome, ou não o aceita caminhando em direção oposta a ele. O macho que foi aceito pela fêmea aproxima-se, permanecendo paralelamente ao corpo dela e, nesta posição, introduz o edeago na porção final do abdome e rotaciona o corpo 180º, permanecendo em sentido linear e oposto à fêmea por mais de 3h em média. Os machos emergem antes das fêmeas, provavelmente como estratégia para aumentar as chances de acasalamento. Cerca de 80% dos acasalamentos ocorreram nos dois primeiros dias de vida. As fêmeas acasalaram uma única vez, entretanto, 55% dos machos acasalaram somente uma vez, 40% duas vezes e 5% três vezes.

Comportamento de cópula; comportamento de corte; protandria; técnica de criação


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