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Variações Sazonais da Secreção Metapleural da Formiga Cortadeira Atta sexdens piriventris Santschi (Myrmicinae: Attini), e Ausência de Efeito Fungicida Sobre o Entomopatógeno Beauveria bassiana (Bals.) Vuillemin

Os mecanismos envolvidos na manutenção das colônias de insetos sociais livres de patógenos são aspectos importantes relacionados à biologia evolutiva do grupo. No caso das formigas, tem sido sugerido que a secreção das glândulas metapleurais teria importante papel na assepsia da colônia. Neste trabalho, as diversas subcastas de operárias da formiga cortadeira Atta sexdens piriventris Santschi foram comparadas quanto à presença de secreção metapleural ao longo de um ano. Simultaneamente, a atividade tópica da secreção foi testada em operárias tratadas com o fungo entomopatogênico Beauveria bassiana (Bals.) Vuillemin. De acordo com a largura média da cápsula cefálica, foram definidas seis subcastas de operárias: jardineira, mínima, média, grande, máxima e soldado. Foi encontrada uma correlação positiva entre subcasta e comprimento do reservatório metapleural. As subcastas apresentaram diferenças significativas na presença de secreção metapleural ao longo do ano exceto nos meses de abril, maio, julho e novembro. Foi observada uma correlação positiva entre as temperaturas médias sazonais e presença de secreção metapleural. Foram registradas altas freqüências de operárias de todas subcastas infectadas por B. bassiana durante os bioensaios, indicando que a secreção metapleural não tem atividade fungicida contra esse patógeno. Os resultados sugerem que a secreção metapleural não está entre os principais mecanismos de assepsia das colônias de A. sexdens piriventris.

Insecta; formigas cultivadoras de fungo; glândula metapleural; fungo entomopatogênico; controle biológico


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