Resumo
O processo de escolarização brasileiro, alicerçado pelo prisma da modernidade, fortaleceu no cotidiano escolar a predominância de práticas pedagógicas homogêneas e monoculturais que não dialogam com a diversidade cultural presente na escola. Argumentamos que esse cenário traz implicações para o processo educativo e para a formação do sujeito, além de provocar tensões ou conformidade diante da (in)adequação frente à cultura dominante. Diante disso, o presente artigo analisa as interseções entre cultura, escola e práticas corporais desenvolvidas na Amazônia para a valorização dos sujeitos e significação do processo de aprendizagens à luz da interculturalidade crítica e da educação física cultural. O diálogo com o campo teórico opõe-se aos modelos vigentes de pensar e construir a educação e tensiona em favor do reconhecimento dos diferentes conhecimentos, da valorização e do respeito à diversidade de sujeitos e culturas para a construção de uma sociedade mais democrática, plural e humana.
Palavras-chave:
Interculturalidade; Práticas Corporais; Educação Física.