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Ueber den begriff "Kinoplasma" in der spermiogenese von Australorbis Glabratus Olivaceus (Mollusca, Pulmonata, Planorbidae)

Foram analisadas as modificações sofridas pelos espermídeos durante a histogênese, a fim de esclarecer se o têrmo "Kinoplasma", proposto por MERTOn (1924; 1926; 1930), pode ser aplicado à certas formações protoplasmáticas, observadas por aquêle autor nos espermídeos em estado de maturação, de moluscos pulmonados, ou se esta designação deva ficar restrita aos componentes do citoplasma, no sentido de STRASBURGER (1897) e SCARTH (1927). Das nossas observações chegamos aos seguintes resultados: 1. O "Kinoplasma" interpretado por MERTON não existe na espermiogênese de Australorbis glabratus olivaceus. O que o referido autor descreve como "Kinoplasma" nós o encontramis, em nosso material, nas mesmas células e dentro delas nos mesmos pontos por êle indicados; e nada mais é do que u'a massa esférica eliminada dos espermídeos e composta de protoplasma e mitocôndrios. O têrmo "kinoplasma" deve ser aplicado apenas àquelas fibrilas, de tamanho submicroscópico, componentes do citoplasma, com função retardadora e impediente da queda em linha reta das outras partes do referido citoplasma ou, ainda, com a função de desviar as partículas no seu caminho através do citoplasma. com isto, porém, temos que eliminar o "Kinoplasma" do têrmo citoplasma porque êste representa uma diferenciação protoplasmática, provàvelmente de natureza reversível. 2. O flagelo do espérmio de Australorbis glabratus olivaceus é formado pelos centríolos (filamento axial), mitocôndrios (dois filamentos espirais periféricos) e por um cilindro protoplasmático. 3. O flagelo do espermídeo, depois de ter terminado seu crescimento, compõe-se apenas de um filamento axial e um cilindro protoplasmático. Nesta altura, u'a massa protoplasmática começa a locomover-se, partindo da região da cabeça do espermídeo em direção à extremidade distal do flagelo. encontramos nesta porção de protoplasma o aparêlho de Golgi e abundantes e pequenos mitocôndrios. Êstes últimos dão origem a fibrilas que se juntam para formar os dois filamentos espirais periféricos. 4. A locomoção desta parte protoplasmática do espermídeo resulta da pressão que os mitocõndrios sofrem pela formação contínua das fibrilas. 5. O rêtorno do corpo protoplasmático em direção á cabeça do espermídeo resulta, provàvelmente, da elasticidade e contratilidade do plasmalema. 6. O protoplasma, depois de ter voltado para a região da cabeça, é eliminado em forma de esfera, incluindo alguns mitocôndrios restantes, e em seguida é fagocitado pela célula nutridora. 7. Antes do protoplasma ter terminado sua migração, a aparêlho de Golgi é eliminado ao nível da metade distal do flagelo do espermídeo.


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