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O papel do comportamento na sobrevivência de Biomphalaria glabrata submetida a bioensaios com o moluscicida vegetal Phytolacca dodecandra

Este trabalho investiga o papel do comportamento na sobrevivência de Biomphalaria glabarta exposta a 25, 50, 75 e 100 mgI-1 de Phytolacca dodecandra. Foi utilizada a técnica de cinematografia com lapso de tempo para quantificar acuradamente os seguintes parâmetros (a) freqüência de saídas da solução, (b) tempo de permanência fora da solução e (e) tempo decorrido até a primeira saída da soluçao. Estes padrões comportamentais foram estatisticamente comparados no que se refere aos caramujos sobreviventes e aos que vieram a morrer. Dentre os camundongos que abandonaram o meio líquido, a proporção de sobreviventes foi significativamente maior que a de mortos. Além disso, um tempo significativamente maior de permanência fora da solução foi observado no grupo que sobreviveu, em relação ao grupo que veio a morrer, exceto no que diz respeito à concentração de 100 mgI-1. No entanto, nenhuma diferença significativa foi detectada no tempo decorrido até a primeira saída da solução. Conclui-se que a tendência a abandonar as soluções de P.dodecandra e o tempo de permenência fora delas favorecem a sobrevivência dos caramujos. Bioensaios com moluscicidas deveriam levar em conta a possibilidade de que alguns padrãoes comprtamentais dos planorbídeos venham a contribuir para a sua sobrevivência.

bioensaio comportamental; Biomphalaria glabrata; Phytolacca dodecandra; controle da xistosomose; moluscicida


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