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Aspectos farmacocinéticos do t-butilaminoetil-dissulfeto: uma droga experimental na esquistossomose em camundongos

Um estudo preliminar da farmacocinética do t-butilamino-etil-dissulfeto foi conduzido utilizando droga fria ou radioativa em duas diferentes doses (35 e 300 mg/Kg). Amostras de plasma ou sangue foram tratadas com ditiotreiol, ácido perclórico, e, após filtração, submetidas a uma subseqüente purificação em um "batch" de resina aniônica. Na etapa final, a droga foi retida em coluna de resina catiônica, eluída com NaCl 1 M e detectada pelo método de Ellman (1958). Alternativamente, a droga radioativa foi detectada por cintilação líquida. Os resultados correspondentes a droga total administrada na menor dose sugeriram um comportamento farmacocinético relacionado ao modelo de um compartimento aberto, com os seguintes parâmetros: área sob a curva intravenosa (ASCI.V.): 671 ± 14; ASCoral: 150 ± 40 microng.min.ml [elevado a -1]; constante de eliminação: 0,071 min [elevado a -1]; meia-vida biológica: 9,8 min; volume de distribuição: 0,74 ml/g. Para a dose mais alta, os resultados indicaram aparentemente a ocorrência de um modelo mais complexo e não adequadamente classificado. Analisados em conjunto os resultados sugerem a ocorrência de um comportamento farmacocinético dose-dependente. A droga é absorvida e eliminada rapidamente, sendo este último processo relacionado principalmente a metabolização. A droga parece mais tóxica quando administrada via I.V. porque por esta via ela não sobre metabolismo de primeira passagem e, é, por outro lado rapidamente distribuída para os tecidos. O nível sanguíneo máximo tolerado pelos animais parece ser de 16 µg/ml.


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