Acessibilidade / Reportar erro

Avaliação do coelho como modelo para a doença de Chagas: I. Estudos parasitológicos

Com a finalidade de investigar o uso do coelho como modelo experimental da doença de Chagas, 72 desses animais foram inoculados por via intraperitoneal e conjuntival com formas sanguíneas, tripomastigotas metacíclicos obtidos de triatomíneos e tripomastigotas obtidos de cultura de tecido, usando-se as cepas Y, CL e Ernane do T. cruzi. E, 95,6% dos coelhos o exame de sangue a fresco foi positivo, o que evidencia uma alta suscetibilidade desses animais à injecção pelo T. cruzi. O curso da parasistemia na fase aguda da infecção é intensamente influenciado pela cepa do parasita e via de inoculação usada. Na fase crônica parasitas foram recuperados através de xenodiagnóstico e/ou hemocultura em 40% dos coelhos excaminados. A análise dos resultados dos xenodiagnósticos revelou a existência de interações seletivas entre as cepas do T. cruzi e as quatro espécies de vetores empregados, evidenciadas por significativa variabilidade dos resultados. De um modo geral os resultados obtidos no presente trabalho atendem ao pre-requisito de ordem parasitológica sugerido para um modelo para a doença de Chagas na fase crônica.

coelhos; infecção por T. cruzi; aspectos parasitológicos; xenodiagnóstico


Instituto Oswaldo Cruz, Ministério da Saúde Av. Brasil, 4365 - Pavilhão Mourisco, Manguinhos, 21040-900 Rio de Janeiro RJ Brazil, Tel.: (55 21) 2562-1222, Fax: (55 21) 2562 1220 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: memorias@fiocruz.br