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Autofecundação nos moluscos planorbídeos Helisoma duryi e Helisoma trivolvis

Cinquenta espéciems de cinco cepas (10 de cada cepa) de helisoma duryi de Lima (Peru), St. Croix (Ilhas Virgens), Formosa (Brasil), Cartago (Costa Rica) e St. Vicent (Pequenas Antilhas), criados isoladamente durante cerca de 150 dias, depositaram 103 ovos.Os números de ovos postos pelos 10 espécimes de cada cepa foram respectivamente (ovos viáveis entre parênteses): 44(26), 1(1), 5(0), 15(7) e 38(0). A produção de ovos variou amplamente entre os indivíduos de cada cepa, havendo em todas elas, exceto na de St. Vicent, certo número de espécimes (3 a 9) que não puseram nenhum ovo. Depois do período de observação os espécimes isolados, inclusive os que não puseram ovos, prontamente passaram a copular quando acasalados e produziram grande número de ovos. Os F1s gerados por autofecundação foram perfeitamente interférteis, produzindo decendência normal por fecundação cruzada. Dez espécimes de Helisoma trivolvis (cepa de Zempoala, México), também criados isoladamente durante cerca de 120, depositaram 646 ovos, dos quais 74 foram inviáveis. Nossos dados, somados aos de poucos estudados anteriores citados no texto, mostraram que no H. duryi a autofecundação não é um modo alternativo de reprodução tão eficiente quanto em muitos outros planorbídeos (no H. trivolvis é um pouco mais eficiente que no H. duryi). H. duryi, portanto, beneficia-se muito menos do hermafroditismo funcional que, além de outras vantagens, capacita um único indivíduo virgem a fundar uma nova população.

moluscos planorbídeos; Helisoma duryi; Helisoma trivolvis; autofecundação


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