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TERRITORIALIZAÇÃO DO CAFÉ NO CAPARAÓ CAPIXABA

TERRITORIALIZACIÓN DEL CAFÉ EN EL CAPARAÓ CAPIXABA

Resumo

O Brasil apresenta diversas regiões moldadas pela inserção da economia cafeeira. Esta conformação evidencia a cadeia produtiva do café como um elemento estruturante do território. Como objetivo, este artigo buscou caracterizar a territorialização da cadeia produtiva do café na região do Caparaó Capixaba. Para isto, a pesquisa apresentou caráter qualitativo, exploratório, descritivo e cunho etnográfico, contando com três etapas: bibliográfica, campo e entrevistas. A pesquisa de campo teve duração de novembro de 2020 a janeiro de 2021. Já as entrevistas, realizadas de forma online, ocorreram entre os meses de setembro e novembro de 2021. Os sujeitos da pesquisa foram 15 produtores de café no recorte geográfico do estudo, os municípios de Iúna e Irupi, no Caparaó Capixaba. Como resultados, é evidente a formação da territorialidade do Caparaó a partir da história da região em consonância com a cultura do café. Assim, acrescenta ao debate apontamentos sobre produção, consumo e comercialização do café da região. Os fatores basilares de análise foram apoderamento do espaço pelos produtores, ressignificação das práticas e do território por meio do trabalho, reforço da identidade local, formação da paisagem do café e, consequentemente, diferenciação produtiva por meio do foco em cafés especiais. Por fim, possibilita visibilizar o protagonismo dos cafeicultores em uma região negligenciada nas últimas décadas pela baixa produtividade em parâmetros quantitativos, mas que ostenta expressivos resultados na produção agroecológica, familiar e padrão especial.

Palavras-chave:
Apoderamento; Identidade; Trabalho; Paisagem; Cafeicultura

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