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“O SUPREMO ARTISTA LITERÁRIO NEGRO”: UM MACHADO DE ASSIS RACIALIZADO NO MUNDO ANGLÓFONO

Resumo

David Damrosch argumenta que a literatura mundial é um locus de negociação entre uma cultura fonte e uma cultura hospedeira, com obras cada vez mais favorecidas por exibir identidades baseadas em diferenças raciais, étnicas, ou culturais. Examinamos as perspectivas raciais sobre Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) por críticos de língua inglesa, principalmente na América do Norte, desde o final do século XX até o presente. No século XX, Machado fez sucesso entre acadêmicos e críticos, mas não entre o público em geral. No século XXI, as retraduções de suas obras ampliaram sua visibilidade entre o público geral de língua inglesa. Sua recente recepção crítica também revela maior interesse em sua origem racial. Como um indivíduo multirracial de ascendência africana parcial e neto de escravos libertos, Machado se situou em um cânone literário da diáspora africana ou negra, conforme é lido a partir de uma perspectiva racial pelos críticos norte-americanos.

Palavras-chave:
Literatura mundial; Machado de Assis; Literatura Negra; Literatura Latino-americana; Literatura Brasileira; estudos de raça

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