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DAS POTÊNCIAS DA MEMÓRIA. A afirmação da transitoriedade histórica e da eternidade das ideias

RESUMO

A partir do exame da tradição heraclitiana e platônica sobre a transitoriedade e a imortalidade - conceitos compreendidos como universais - este artigo defende a seguinte antinomia como tese: para haver temporalidade é preciso haver eternidade. Essa tese é demonstrada por meio do estudo e atualização das noções de alma, espírito, ideia e memória, as quais estão conectadas invariavelmente ao tempo passado como princípio ontológico do fenômeno histórico. Para além do ponto de vista filosófico, portanto, da perspectiva específica do conhecimento histórico, este estudo expõe algumas implicações teóricas acerca das condições de possibilidade da história, que são discutidas, finalmente, em diálogo com Friedrich Nietzsche e Jacob Burckhardt.

Palavras-chave
temporalidade; eternidade; ideias; espírito; memória

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