RESUMO
Ainda que Tomás de Aquino não usasse o termo intencionalidade frequentemente, ele tem uma teoria que explica como nós, enquanto sujeitos, nos referimos intencionalmente aos objetos. Nossa referência funciona quando há uma "identidade formal" entre a forma no ato de percepção ou conhecimento do sujeito e a forma do objeto. Na literatura secundária, "identidade formal" é muitas vezes o nome usado para chamar essa teoria. Nosso artigo visa o fato de que, em Tomás, a tese da identidade formal não é só epistemológica, mas ela exige uma base metafísico-ontológica. O resultado da nossa investigação é que, segundo a tese da identidade formal, a referência epistêmica aos objetos funciona de maneira direta, mas por meio disso ela não produz uma variedade de objetos imanentes ou intencionais na ontologia.
Palavras-chave
Tomás de Aquino; identidade formal; intencionalidade; forma; essência