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Existe justificativa para o rastreio de embolia pulmonar silenciosa em pacientes com trombose venosa profunda?

Resumo

A ocorrência de embolia pulmonar assintomática em pacientes com trombose venosa profunda tem uma incidência que excede 70%, mesmo nos casos de trombose venosa profunda distal. Relatamos o caso de um paciente com diagnóstico de trombose venosa profunda no membro inferior esquerdo associado a embolia pulmonar assintomática, que apresentou sintomas tardios devido a essa mesma embolia. A ausência de sintomas agudos e o surgimento de sintomas tardios pode suscitar dúvidas quanto ao tratamento mais adequado e resultar em intervenções desnecessárias, se o diagnóstico tomográfico de embolia pulmonar não tiver sido feito anteriormente. No presente caso, demonstramos que uma angiotomografia realizada no momento do diagnóstico de trombose venosa profunda detectou a embolia pulmonar e evitou uma interpretação incorreta de um evento trombótico recorrente na vigência de anticoagulação, o que por engano demonstraria uma falha na terapia anticoagulante. Essa situação pode levar a intervenções desnecessárias, como o implante de filtro de veia cava inferior. Entendemos que apenas um relato de caso não deve mudar uma conduta médica já estabelecida; no entanto, fomenta a discussão e estimula estudos que avaliem a necessidade de um exame diagnóstico pulmonar no momento do diagnóstico de trombose venosa profunda.

Palavras-chave:
trombose; veias cavas; embolia; embolia e trombose; anticoagulantes

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