Resumo
Contexto
A associação entre o fenótipo obeso metabolicamente saudável (OMS) na ausência de síndrome metabólica e doença cardiovascular subsequente permanece incerta.
Objetivos
Examinamos a associação entre o fenótipo OMS e risco de DCV em jovens iranianas.
Métodos
Analisamos 183 mulheres com idade de 20-35 anos de uma população de 308 candidatas. Classificamos as participantes em quatro fenótipos. Mensuramos composição corporal, pressão arterial e fatores bioquímicos em todas as participantes.
Resultados
Os fenótipos com peso normal metabolicamente saudável (PNMS) e obeso com peso normal não apresentaram diferenças estatísticas em nenhuma das variáveis bioquímicas. Os níveis de glicemia sanguínea em jejum (GSJ), triglicerídeos (TG), relação LDL/HDL, HDL, proteína C reativa ultrassensível (PCR-us) e índice aterogênico do plasma (IAP) foram mais elevados em obesas metabolicamente não saudáveis (OMNS) do que em indivíduos OMSs, enquanto o HDL foi maior em OMSs do que em indivíduos OMNSs. A relação LDL/HDL e o nível de PCR-us foram mais elevados em participantes OMSs do que em participantes com PNMS, enquanto o HDL foi maior naquelas com PNMS do que nas OMSs.
Conclusões
Os resultados do presente estudo demonstram que mulheres jovens com o fenótipo OMS têm um perfil metabólico favorável, conforme demonstrado pelos níveis menores de GSJ, TG, relação LDL/HDL, HDL, PCR-us e IAP e pelos níveis maiores de HDL em comparação às mulheres com o fenótipo OMNS. Entretanto, indivíduos OMSs ainda apresentavam maior risco de DCV incidente (níveis menores de HDL e maiores de PCR-us) do que indivíduos com PNMS.
Palavras-chave:
obeso metabolicamente saudável; índice aterogênico do plasma; doença cardiovascular