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Hemorragia peri-intraventricular e marcadores de estresse oxidativo e inflamatório em RNs de muito baixo peso ao nascer

OBJETIVOS:

Avaliar a associação entre marcadores de estresse oxidativo e inflamatório com a hemorragia peri- e intraventricular (HPIV) em recém-nascidos (RN) de muito baixo peso ao nascer.

MÉTODOS:

Estudo prospectivo em unidade neonatal nível III. Foi feita dosagem em sangue de cordão umbilical de intermediários reativos de oxigênio (ROI) basal e estimulado, glutationa reduzida (GR) e interleucina-6 (IL-6). Recém-nascidos foram submetidos a ultrassonografia seriada, à beira do leito, com seis, 12, 24 e 72 horas de vida e sete dias para o diagnóstico de HPIV, classificada em graus de I a IV. Foram avaliados dois grupos: com e sem HPIV e variáveis de controle maternas e neonatais foram usadas para comparação. Análise univariada e de regressão múltipla foram aplicados.

RESULTADOS:

Foram avaliados 125 recém-nascidos. A taxa de incidência de HPIV foi de 12%. Na análise univariada o valor basal de ROI, o uso de duas ou mais doses de corticosteroide, peso ao nascer menor do que 1.000 g, o uso de assistência respiratória e valor de SNAPPE II maior ou igual a 22 foram significativamente associados à HPIV. Porém, na análise multivariada, apenas o uso antenatal de esteroides se mostrou independentemente associado à doença (OR 1,94 IC95% 0,048-0,773 p = 0,02).

CONCLUSÃO:

ROI, GR e Il-6 não foram associados à ocorrência de HPIV em RN de muito baixo peso ao nascer.

Estresse oxidativo; Espécies de oxigênio reativas; Interleucina-6; Glutationa; Hemorragia cerebral; Recém-nascido


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