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Estudo da ocorrência de crises epilépticas em crianças e adolescentes com hidrocefalia no tratamento por derivação ventriculoperitoneal

OBJETIVOS: Avaliar a ocorrência de crises epilépticas (CE) em crianças e adolescentes com hidrocefalia e sua relação com o tratamento por derivação ventriculoperitoneal (DVP). MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 45 crianças e adolescentes de ambos gêneros, faixa etária de 0 a 8 anos, com hidrocefalia, apresentando ou não CE. Analisaram-se as variáveis: gênero, etiologia da hidrocefalia, idade do diagnóstico de hidrocefalia, idade de colocação do shunt, tipos de CE e idade da primeira crise. RESULTADOS: A análise estatística mostrou: 20 pacientes (44,4%) apresentaram CE, sendo 13 do gênero feminino (65%) e sete do masculino (35%). Houve predomínio de CE no gênero feminino sem diferença estatística significante. Estavam em uso de DVP 13 pacientes (65%), sendo que em 10 (76,9%), o início das crises foi depois da colocação do shunt, enquanto dois (15,4%) já apresentavam CE antes da DVP. CONCLUSÕES: Os resultados não mostraram associação entre o tratamento com DVP e CE (ρ=0,832), entretanto a maior parte dos pacientes apresentou o primeiro episódio de CE depois da colocação do shunt, sugerindo uma relação entre o tratamento com DVP e a ocorrência de crises.

Hidrocefalia; crises epilépticas; derivação ventriculoperitoneal; crianças; adolescentes


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