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Fatores associados a situação laboral e licença para dirigir em pacientes com epilepsia

INTRODUÇÃO: Estima-se que aproximadamente 50% dos pacientes com epilepsia têm problemas para encontrar emprego. OBJETIVO: O objetivo desta pesquisa foi avaliar a situação laboral e a licença para dirigir de 92 pacientes com epilepsia focal sintomática ou provavelmente sintomática e, correlaciona-la a aspectos clínicos e sociodemográficos. RESULTADOS: 31 (33,7%) pacientes estavam empregados, 19 (20,7%) desempregados, 33 (35,9%) afastados/aposentados. Os pacientes com maior escolaridade formal, da cor branca, e do gênero masculino estavam mais empregados (ANOVA; p<0,05). 30 (46,1%) pacientes referiram que a epilepsia motivou a demissão. Houve relação significativa entre ocorrência de CE no trabalho com desemprego e afastamento/aposentadoria (χ2; p=0,03). Não houve relação entre aspectos clínicos da epilepsia e situação ocupacional. DISCUSSÃO: Foram observados índices elevados de desemprego e afastamentos/aposentadoria. Houve relação entre desemprego e ocorrência de CE no trabalho, e baixa escolaridade e qualificação profissional. CONCLUSÃO: A baixa escolaridade/qualificação profissional e o estigma agravaram a perspectiva de empregabilidade dos indivíduos, contribuindo para a exclusão social.

Crises epilépticas; epilepsia; emprego; licença para dirigir; aspectos psicossociais


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